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Posição dos frutos e seu efeito na repartição da matéria seca da planta do tomateiro

Fruit position and its effects on dry matter distribution of the tomato plant

Plantas de tomateiro foram cultivadas no interior de estufas de polietileno no decorrer da primavera e do outono com o objetivo de determinar o efeito da posição dos frutos sobre a distribuição da matéria seca entre as partes vegetativas e os frutos. Os tratamentos foram constituídos por plantas conduzidas com uma haste (controle) ou duas hastes por planta, com frutos localizados somente sobre a haste principal ou distribuídos sobre as duas hastes. Em cada época, o número de inflorescências por planta foi mantido idêntico em todos os tratamentos, igual a oito na primavera e dez no outono, enquanto o número de folhas por planta foi, respectivamente, 27 e 37 nas plantas-controle e 52 e 65, em média, nas plantas com duas hastes. Na primavera, as plantas com duas hastes acumularam uma média de 155g de matéria seca de frutos, e aquelas com uma haste apenas 95g. No outono, esse parâmetro não mostrou diferença significativa entre os tratamentos: valores de 99g nas plantas com uma haste e uma média de 78 g naquelas com duas hastes. Nos dois experimentos, não foram observadas diferenças significativas entre os tratamentos com duas hastes por planta, independentemente da posição dos frutos sobre a planta. No outono, a fração da matéria seca total alocada para os frutos foi de 0,40 nas plantas com uma haste e em média de 0,24 nas plantas com duas hastes, indicando uma possível redução na força de dreno dos frutos. Concluiu-se que a posição dos frutos não modificou a distribuição da matéria seca da planta e que os resultados suportaram a hipótese de um "pool" único de assimilados circulando livremente no interior da planta do tomateiro.

Lycopersicon esculentum; crescimento; matéria seca; repartição de assimilados


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