As temperaturas baixas e geadas que ocorrem na Região Sul, durante a estação fria, determinam uma diminuição em quantidade e qualidade das pastagens. Para suprir as necessidades dos animais nos períodos de escassez de forragem, a silagem de milho tem sido muito utilizada. Tem sido apontada a existência de diferenças entre genótipos de milho quanto à produção e qualidade da silagem obtida. O objetivo deste trabalho foi identificar o potencial de híbridos comerciais de milho para produção de silagem na Região Sul do Brasil. Vinte e um híbridos foram testados em sete locais (Cascavel, Chapecó, Ijuí, Lages, Ponta Grossa, Teutônia e Urussanga), em delineamento de blocos casualizados com três repetições. Foram avaliados a produção de matéria seca e o potencial de produção de leite, estimado com base em análises bromatológicas. Houve diferença significativa entre híbridos quanto aos caracteres avaliados. As médias dos híbridos variaram de 11,27 a 14,83t ha-1 para produção de matéria seca e de 4,868 a 7,207kg ha-1 para produção de leite. Os efeitos de local e da interação de híbrido por local também foram importantes na determinação dos caracteres. As médias dos locais para produção de matéria seca variaram de 8,69 a 19,22t ha-1 e para produção de leite de 3,845 a 8,515kg ha-1, tendo Cascavel apresentado os valores mais altos. Existe variabilidade entre os materiais indicados para cultivo na Região Sul do Brasil quanto ao potencial de utilização na forma de silagem. Entretanto, como a classificação dos híbridos é fortemente influenciada pela interação de genótipos por ambientes, é necessário que as recomendações sejam regionalizadas.
Zea mays; alimentação animal; matéria seca; leite