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Micobiota toxígena e micotoxinas em ração de camarão

O objetivo deste estudo foi identificar a micobiota toxigênica e a incidência de aflatoxinas em rações comerciais para camarão cultivado no litoral do Estado do Piauí, Brasil, em três fazendas ("A", "B" e "C"). Foi realizada a capacidade toxigênica das espécies de fungos isolados e a produção de aflatoxinas (AF) e ocratoxina A (OTA). As contagens fúngicas da ração foram semelhantes nas fazendas "A" e "B" e em todas as fases de cultivo, locais de coleta e de embalagens fechadas e abertas (1,33-2,66UFC g-1 log10 -1). As mais baixas contagens de fungos foram encontradas nas rações de embalagens fechadas da fazenda "C" (0,65UFC g-1 log10 -1). Foram isoladas trinta e quatro cepas de Aspergillus com maior prevalência de A. flavus e duas linhagens eram produtoras de aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 em concentrações 0,39-0,42ng g-1; 0,18-0,27ng g-1; 1,78ng g-1, e 0,09ng g-1, respectivamente, e foi classificado como A. flavus atípico, sendo necessária posteriormente a classificação filogenética desta cepa. Duas cepas de A. niger agregados eram produtoras de OTA. Quinze amostras de ração (13,88%) apresentaram contaminação AFB1 em níveis que variam de 0,25ng a 360ng g-1. Este estudo demonstra a presença de fungos toxigênicos em rações de camarão nas fazendas analisadas e nas diferentes fases de cultivo. Foram isoladas, em rações de camarões, cepas atípicas de A. flavus, produzindo AF B1, B2, G1 e G2. Apenas AFB1 foi detectada na ração analisada

Litopenaeus vannamei; alimentos armazenados; fungos toxigênicos; micotoxinas; aflatoxina B1


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