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Rangeliose: achados anatomopatológicos, hematológicos e detecção molecular de Rangelia vitalii em cães no Rio Grande do Sul, Brasil

RESUMO:

No período de janeiro de 2004 a dezembro de 2015, 56 caninos domésticos obtiveram o diagnóstico de rangeliose no Setor de Patologia Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os cães apresentaram sinais de apatia, anorexia, diarreia fétida e sanguinolenta, êmese e desidratação. As principais alterações hematológicas foram trombocitopenia e anemia. Na necropsia as principais alterações foram icterícia, esplenomegalia, hepatomegalia e linfadenomegalia. Na análise histológica observou-se vacúolos parasitóforos de Rangelia vitalii no citoplasma de células endoteliais, principalmente no coração, rins, linfonodos, intestinos e pâncreas. A inflamação mononuclear foi predominante na análise, sendo que a maioria deu-se pela presença de plasmócitos. Entre outras lesões frequentemente observadas estão hiperplasia linfoide, hematopoiese extramedular e eritrofagocitose, e hiperplasia de linhagem eritroide em medula óssea. Do total, 49 cães foram diagnosticados através de necropsia e análise histológica, e 7 animais através de análise molecular da PCR e sequenciamento genético de amostras de sangue. Este trabalho apresenta um diagnóstico diferencial de rangeliose em caninos, através do método histológico de quantificação e determinação de intensidade e distribuição do agente em diferentes órgãos.

Palavras-chave:
caninos; hemoparasita; nambyuvú; Rangelia vitalii; rangeliose

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