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Cuidar de quem cuida de idosos dependentes: por uma política necessária e urgente

Resumo

Apresenta-se e discute-se a situação das cuidadoras e dos cuidadores familiares de idosos dependentes. Ressaltam-se sua dedicação, seus problemas e os encaminhamentos para valorizá-los. Sabe-se que a tarefa de cuidar é eminentemente feminina, invisível, não remunerada, que afeta a sociedade como um todo. Descrevem-se as políticas vigentes em alguns países europeus, no Canadá e nos Estados Unidos a favor das cuidadoras e cuidadores. A maioria dos modelos de suporte existentes apresenta lacunas. Leis e regulações criadas têm sido pouco compreensivas, inorgânicas e a família continua a ser a responsável pelos parentes longevos que perderam autonomia. Em vários desses países, além de outras medidas, a tendência é integrar os cuidados familiares como primeiro patamar da atenção básica em saúde, universalizando o apoio aos cuidadores. Não se pode esquecer que a tendência de manter o idoso dependente em casa é uma aquiescência a seu próprio desejo, embora também oculte a delegação de responsabilidade do Estado às famílias por meio das políticas de deshospitalização e desinstitucionalização. No Brasil, o tema ainda não entrou no radar das políticas públicas, embora seja urgente pelo acelerado aumento da população idosa, em particular, que tem 80 anos e mais.

Palavras-chave:
Políticas de saúde; Políticas sociais; Idoso dependente; Cuidadores informais

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