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Fragilidade física, limitação de atividades e mortalidade em idosos brasileiros: achados longitudinais do Estudo FIBRA-BH (2009-2019)

Resumo

O objetivo foi investigar a associação longitudinal entre fragilidade física e mudança no perfil de limitação para realizar as atividades básicas e instrumentais de vida diária (ABVD e AIVD) e mortalidade em 10 anos em idosos comunitários brasileiros. Um estudo longitudinal foi conduzido com dados do Estudo da Fragilidade em Idosos Brasileiros (FIBRA), 2009-2019. A fragilidade física foi categorizada em vulnerabilidade (pré-frágil e frágil) e robustez (não frágil). Modelos de equação de estimação generalizada e de riscos proporcionais de Cox foram usados na análise dos dados. Dos 200 idosos avaliados em 2009 (momento 1), 139 foram localizados em 2019 (momento 2). Destes, 102 foram entrevistados e 37 óbitos foram registrados. A chance dos idosos vulneráveis no momento 1 serem dependentes nas ABVD no momento 2 foi de 4,19 vezes a chance dos idosos robustos. Para as AIVD, a chance dos idosos vulneráveis no momento 1 serem dependentes no momento 2 foi de 3,12 vezes a chance dos idosos robustos. A análise de Cox mostrou que o risco de morte entre os idosos vulneráveis foi 2,50 vezes o risco dos idosos robustos. Os resultados reforçam a importância do acompanhamento e intervenção precoce para prevenir a fragilidade, e a limitação para realização das atividades de vida diária e morte em idosos brasileiros.

Palavras-chave:
Idosos; Mortalidade; Fragilidade; Atividades de vida diária

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