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Diferentes modelos formativos em saúde e as concepções estudantis sobre atendimento médico humanizado

Resumo

Desde 2009, coexistem na Universidade Federal da Bahia dois modelos formativos influindo sobre a formação médica: o tradicional e o regime de ciclos. As mudanças curriculares produzidas na instituição tiveram como objetivo reorientar o perfil profissional ao Sistema Único de Saúde e desenvolver maior compreensão sobre a diversidade humana, o adoecer e o cuidar. Este estudo analisou se esses modelos têm produzido diferentes concepções acerca do que é um atendimento humanizado entre os estudantes de medicina. Recorreu-se à análise de similitude, com suporte do software Iramuteq para o tratamento dos dados. Observamos que ambos os grupos têm concepções centradas no paciente, entretanto, estudantes egressos do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde demonstraram basear suas ideias em um conceito ampliado de saúde, considerando seus vários determinantes. Estudantes ingressos no curso via Exame Nacional do Ensino Médio expuseram percepções considerando aspectos éticos e humanísticos necessários, mas limitadas ao contato direto entre médico e paciente. Conclui-se que a formação prévia no Bacharelado Interdisciplinar em Saúde pode ser responsável pela ampliação da criticidade estudantil sobre o conceito de saúde e a humanização do atendimento.

Palavras-chave:
Universidade; Educação médica; Humanização; Estudantes de medicina; Atendimento médico

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