Hanseníase e vulnerabilidade: uma revisão de escopo

Jesus, Isabela Luísa Rodrigues de; Montagner, Maria Inez; Montagner, Miguel Ângelo; Alves, Sandra Mara Campos; Delduque, Maria Célia

doi:10.1590/1413-81232023281.09722022

Acessibilidade / Reportar erro

Brasil

Español English

sumário « anterior atual seguinte »

Sumário

REVISÃO • Ciênc. saúde coletiva 28 (01) • Jan 2023 • https://doi.org/10.1590/1413-81232023281.09722022 copiar

Hanseníase e vulnerabilidade: uma revisão de escopo

Leprosy and vulnerability: a scoping review

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

Resumo

O estudo teve como objetivo a revisão de trabalhos científicos publicados sobre a hanseníase como problema de saúde pública no Brasil e o marcador de vulnerabilidade para os portadores da enfermidade. Foi realizada uma scoping review com o descritor “hanseníase AND vulnerabilidade” na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Foram selecionados 29 artigos publicados entre janeiro de 2016 e dezembro de 2020 que atenderam aos critérios de inclusão. Os resultados apontaram para trabalhos científicos publicados em revistas indexadas e com diferentes fatores de impacto, com destaque para a maioria das publicações selecionadas constarem em periódicos com métricas de impacto pouco significativas aos olhos da comunidade internacional, ainda que elas tenham impacto nacional. A maioria dos estudos teve abrangência municipal, com destaque para cidades do Norte e do Nordeste brasileiro. Os trabalhos trataram a vulnerabilidade na hanseníase utilizando distintas tipologias.

Palavras-chave:
Hanseníase; Vulnerabilidade em saúde; Estigma social; Revisão do estado da arte

Periódico	Quantidade de publicações	Qualis - periódico saúde coletiva (2013-2016)
Revista de Saúde Pública	1	A2
Cadernos Saúde Pública	4	A2
Revista Physis	2	B1
Ciência e Saúde Coletiva	1	B1
Revista Brasileira de Enfermagem	1	B1
Revista Saúde e Sociedade	1	B1
Epidemiologia e Serviços de Saúde	2	B2
Revista Bioética	1	B2
Medicina (Ribeirao Preto)	1	B3
Revista Enfermagem da UERJ	1	B3
Psicologia em Estudo	1	B3
Revista Enfermagem UFPE on-line	3	B4
HU Revista	2	B4
Revista Mineira de Enfermagem (REME)	1	B4
Enfermagem em Foco	1	B4
Revista Psicologia e Saúde	1	B4
RECIIS	1	B4
Hansenologia Internationalis	1	B4
Revista Rene	1	B5
Revista de Divulgação Científica Sena Aires	1	-
Revista Científica da Escola Estadual de Saúde Pública de Goiás “Cândido Santiago”	1	-

Título do artigo	Objetivo declarado	Método	Abrangência
A reação é o mais difícil, é pior que hanseníase”: contradições e ambiguidades na experiência de mulheres com reações hansênicas¹⁵15 Silva LMA, Barsaglini RA. "A reação é o mais difícil, é pior que hanseníase": contradições e ambiguidades na experiência de mulheres com reações hansênicas. Physis 2018; 28(4):e280422.	Análise da experiência de mulheres com reações hansênicas.	Qualitativo	Municipal Cuiabá - MT
A baixa escolaridade está associada ao aumento de incapacidades físicas no diagnóstico de hanseníase no Vale do Jequitinhonha¹⁶16 Lages DDS, Kerr BM, Bueno IC, Niitsuma ENA, Lana FCF. A baixa escolaridade está associada ao aumento de incapacidades físicas no diagnóstico de hanseníase no Vale do Jequitinhonha. HU Rev 2018; 44(3):303-309.	Analisar a influência da escolaridade na ocorrência de incapacidades físicas no diagnóstico da hanseníase no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais.	Estudo transversal	Estadual Minas Gerais
Aspectos nutricionais de pessoas acometidas por hanseníase, entre 2001 e 2014, em municípios do semiárido brasileiro¹⁷17 Teixeira CSS, Medeiros DSD, Alencar CH, Ramos Júnior AN, Heukelbach J. Aspectos nutricionais de pessoas acometidas por hanseníase, entre 2001 e 2014, em municípios do semiárido brasileiro. Cien Saude Colet 2019; 24(7):2431-2441.	Caracterizar a insegurança alimentar, estado nutricional e hábitos alimentares de pessoas acometidas por hanseníase, entre os anos de 2001 e 2014, em dois municípios do sudoeste da Bahia.	Estudo transversal descritivo	Municipal Vitória da Conquista-BA Tremedal-BA
Determinantes sociais da hanseníase em um estado hiperendêmico do Norte do Brasil¹⁸18 Monteiro LD, Mota RMS, Martins-Melo FR, Alencar CH, Heukelbach J. Determinantes sociais da hanseníase em um estado hiperendêmico da região Norte do Brasil. Rev Saude Publica 2017; 51:70.	Identificar fatores socioeconômicos, demográficos, operacionais e de serviços de saúde associados à ocorrência da hanseníase em um estado hiperendêmico do norte do Brasil.	Estudo ecológico com dados secundários	Estadual Tocantins
Desempenho da vigilância de contatos de casos de hanseníase: uma análise espaço - temporal no Estado da Bahia, Região Nordeste do Brasil¹⁹19 Souza EA, Ferreira AF, Pinto MSAP, Heukelbach J, Oliveira HX, Barbosa JC, Ramos Jr AN. Desempenho da vigilância de contatos de casos de hanseníase: uma análise espaço-temporal no Estado da Bahia, Região Nordeste do Brasil. Cad Saude Publica 2019; 35(9):e00209518.	Analisar a tendência espaço-temporal da proporção de contatos examinados entre os registrados, segundo perfil demográfico de casos novos de hanseníase diagnosticados no Estado da Bahia, Brasil, na coorte 2003-2014.	Estudo ecológico	Estadual Bahia
Falhas operacionais no controle da hanseníase em redes de convívio domiciliar com sobreposição de casos em áreas endêmicas no Brasil²⁰20 Boigny RN, Souza EAD, Ferreira AF, Cruz JR, García GSM, Prado NMBDL, Silva GV, Barbosa JC, Silva RL, Oliveira MLW, Nobre ML, Ramos Jr AN. Falhas operacionais no controle da hanseníase em redes de convívio domiciliar com sobreposição de casos em áreas endêmicas no Brasil. Epidemiol serv saúde. 2020; 29(4):e2019465.	Analisar a vulnerabilidade institucional/programática de serviços de saúde no desenvolvimento das ações de atenção a pessoas acometidas pela hanseníase e de vigilância de contatos.	Estudo transversal	Municipal Vitória da Conquista-BA Tremedal-BA Floriano-PI Cacoal-RO
Hanseníase e vulnerabilidade da saúde em Belo Horizonte, Minas Gerais²¹21 Rodrigues RN, Niitsuma ENA, Bueno IDC, Baquero OS, Jardim CCG, Lana FCF. Hanseníase e vulnerabilidade da saúde em Belo Horizonte, Minas Gerais. REME 2017; 21:1-6.	Analisar a distribuição espacial da hanseníase e sua relação com o Índice de Vulnerabilidade da Saúde (IVS).	Estudo ecológico de múltiplos grupos de caráter analítico	Municipal Belo Horizonte
Limitação de atividade e restrição à participação social em pessoas com hanseníase: análise transversal da magnitude e fatores associados em município hiperendêmico do Piauí, 2001 a 2014²²22 Nascimento DDS, Ramos Jr AN, Araújo ODD, Macêdo SFD, Silva GVD, Lopes WMPS, Barbosa JC. Limitação de atividade e restrição à participação social em pessoas com hanseníase: análise transversal da magnitude e fatores associados em município hiperendêmico do Piauí, 2001 a 2014. Epidemiol Serv Saude 2020; 29(3):e2019543.	Analisar a magnitude e os fatores associados à limitação de atividade e restrição à participação social em pessoas com hanseníase de 2001 a 2014, em Picos, Piauí.	Estudo transversal com entrevistas	Municipal Picos-PI
Marcas do passado: memórias e sentimentos de (ex) portadores de hanseníase residentes em um antigo leprosário²³23 Almeida AIS, Nogueira MDA, Feitosa EBJ, Corrêa JC, Vasconcelos JSD, Sousa RFD, Sá AMM. Marcas do passado: memórias e sentimentos de (ex) portadores de hanseníase residentes em um antigo leprosário. Enferm Foco 2018; 9(4):13-17.	Descrever as principais memórias e sentimentos de “(ex) portadores” de hanseníase residentes em um antigo “leprosário”.	Qualitativo	Municipal Belém-PA
Percepção de adolescentes sobre a hanseníase²⁴24 Freitas BHBMD, Silva FBE, Silva KFD, Santos HCDD, Silva SEG. Percepção de adolescentes sobre a hanseníase. Rev enferm UFPE 2019; 13(2):292-297.	Analisar a percepção de adolescentes sobre a hanseníase.	Qualitativo	Municipal Cuiabá-MT
Percepção do estigma e repercussões sociais em indivíduos com hanseníase²⁵25 Loures LF, Mármora CHC, Barreto J, Duppre NC. Percepção do estigma e repercussões sociais em indivíduos com hanseníase. Psicol Estudo 2016; 21(4):665-675.	Avaliar a percepção do estigma nos indivíduos com hanseníase e suas repercussões sociais.	Qualitativo	Estadual MG
Percepções de pessoas com hanseníase acerca da doença e tratamento²⁶26 Pelizzari VDZV, Arruda GO, Marcon SS, Fernandes CAM. Percepções de pessoas com hanseníase acerca da doença e tratamento. Rev Rene 2016; 17(4):466-474.	Compreender as percepções de pessoas com hanseníase acerca da doença e tratamento.	Qualitativo	Municipal Não revelado-PR
Perfil socioeconômico dos pacientes atendidos pelo Centro de Referência em Reabilitação da Hanseníase da Zona da Mata Mineira²⁷27 Alves ACR, Lemos GS, Paiva PDR. Perfil socioeconômico dos pacientes atendidos pelo Centro de Referência em Reabilitação da Hanseníase da Zona da Mata Mineira. HU Rev 2017; 43(2):99-104.	Traçar o perfil socioeconômico dos pacientes atendidos pelo Centro de Referência em Reabilitação da Hanseníase da Zona da Mata Mineira.	Estudo retrospectivo	Estadual MG
Persistência da hanseníase em redes de convívio domiciliar: sobreposição de casos e vulnerabilidade em regiões endêmicas no Brasil²⁸28 Boigny RN, Souza EAD, Romanholo HSB, Araújo ODD, Araújo TMED, Carneiro MAG, Grijó MDF, Henz NLFB, Reias AS, Pinto MASP, Barbosa JC, Ramos Jr AN. Persistência da hanseníase em redes de convívio domiciliar: sobreposição de casos e vulnerabilidade em regiões endêmicas no Brasil. Cad Saude Publica 2019; 35(2):e00105318.	Analisar a magnitude da ocorrência e os perfis sociodemográfico, econômico e clínico de casos de hanseníase vinculados a redes de convívio domiciliar (RCD) com sobreposição da doença em municípios dos estados da Bahia, do Piauí e de Rondônia, Brasil, no período de 2001 a 2014.	Estudo transversal	Municipal Vitória da Conquista-BA Tremedal-BA Floriano-PI Cacoal-RO
Preconceito, estigma e exclusão social: trajetória de familiares influenciada pelo tratamento asilar da hanseníase²⁹29 Pinheiro MGC, Simpson CA. Preconceito, estigma e exclusão social: trajetória de familiares influenciada pelo tratamento asilar da hanseníase. Rev Enferm UERJ 2017; 25:e13332.	Identificar se familiares de pacientes com hanseníase, tratados em hospitais colônia, eram atingidos pelo preconceito, estigma e exclusão que permeava a vida dos doentes.	Qualitativo	Municipal Natal-RN
Qualidade de vida dos portadores de hanseníase num município de médio porte³⁰30 Simões S, Castro SS, Scatena LM, Castro RO, Lau FA. Qualidade de vida dos portadores de hanseníase num município de médio porte. Medicina (Ribeiräo Preto) 2016; 49(1):60-67.	Descrever o perfil epidemiológico dos portadores de hanseníase de Uberaba-MG, avaliar a qualidade de vida e verificar a associação dos domínios da qualidade de vida com variáveis epidemiológicas e sociodemográficas.	Estudo transversal	Municipal Uberaba-MG
Representações do estigma da hanseníase nas mulheres do Vale do Jequitinhonha-MG³¹31 Neiva RJ, Grisotti M. Representações do estigma da hanseníase nas mulheres do Vale do Jequitinhonha-MG. Physis 2019; 29(1):e290109.	Analisar as percepções do estigma da hanseníase pelas mulheres que vivem no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais.	Qualitativo	Estadual MG
Representações Sociais do Processo de Diagnóstico e Cura da Hanseníase³²32 Silva LOL, Maria RS, Frauches BMB, Alberto DC, Pitanga FET. Representações sociais do processo de diagnóstico e cura da hanseníase. Rev Psicol Saude 2020; 12(2):73-87.	Identificar as representações sociais do processo de diagnóstico e cura da hanseníase em dois territórios com diferentes índices de detecção da doença.	Estudo transversal	Municipal Gov.Valadares-MG
Significados atribuídos e sentimentos autorreferidos sobre adoecimento de pessoas que vivem com hanseníase³³33 Miranda AVBD, Ferreira CSB, Suto CSS, Oliveira JSBD, Silva CDS, Porcino C. Significados atribuídos e sentimentos autorreferidos sobre adoecimento de pessoas que vivem com hanseníase. REVISA 2020; 9(3):464-473.	Compreender os significados atribuídos e sentimentos autorreferidos sobre o adoecimento por pessoas que vivem com hanseníase.	Qualitativo	Municipal Não declarado-BA
Sobreposição de casos novos de hanseníase em redes de convívio domiciliar em dois municípios do Norte e Nordeste do Brasil, 2001-2014³⁴34 Reis ADSD, Souza EA, Ferreira AF, Silva GVD, Macedo SF, Araújo OD, Cruz JR, García GSM, Carneiro MAG, Barbosa JC, Ramos AN Jr. Sobreposição de casos novos de hanseníase em redes de convívio domiciliar em dois municípios do Norte e Nordeste do Brasil, 2001-2014. Cad Saude Publica. 2019; 35(10):e00014419.	Analisar a magnitude e o perfil sociodemográfico de casos de hanseníase vinculados a Redes de Convívio Domiciliar (RCD) com sobreposição da doença em dois municípios brasileiros, um da Região Norte e outro da Nordeste, de 2001 a 2014.	Estudo transversal	Municipal Picos-PI Rolim de Moura-RO
Trabalho e hanseníase: mulheres em suas dores, lutas e labutas³⁵35 Gonçalves M, Prado MARD, Silva SSD, Santos KDS, Araujo PND, Fortuna CM. Trabalho e hanseníase: as mulheres em suas dores, lutas e labutas. Rev Bras Enferm 2018; 71(1):660-667.	Analisar a interferência da hanseníase na vida de mulheres em relação ao trabalho e atividades de vida diária.	Qualitativo	Municipal Não declarado-SP
Vivência e sentimentos de mulheres portadoras de hanseníase³⁶36 Dias ACNS, Almeida RAAS, Coutinho NPS, Corrêa RGCF, Aquino DMCD, Nascimento MDSB. Vivência e sentimentos de mulheres portadoras de hanseníase. Rev Enferm UFPE 2017; 11(9):3551-3557.	Conhecer a vivência e os sentimentos de mulheres com hanseníase.	Qualitativo	Municipal São Luis-MA
Análise do perfil epidemiológico da hansenías^e37	Analisar o perfil epidemiológico da hanseníase em um município da região metropolitana de Alagoas.	Quantitativo	Municipal Rio Largo-AL
Estar/ser no mundo com hanseníase: qual é o meu lugar?³⁸38 Carvalho FPBD, Simpson CA, Miranda FAND, Pinto ESG. Estar/ser no mundo com hanseníase: qual é o meu lugar? Hansen Int 2016; 41(1-2):99-104.	Refletir sobre a contribuição do cuidado humanístico frente ao estigma dos portadores de hanseníase para o cuidado de enfermagem na perspectiva de Martin Heidegger.	Ensaio	-
Vulnerabilidade programática no controle da hanseníase: padrões relacionados ao gênero na Bahia, Brasil³⁹39 Souza EAD, Boigny RN, Ferreira AF, Alencar CH, Oliveira MLW, Ramos Jr AN. Vulnerabilidade programática no controle da hanseníase: padrões na perspectiva de gênero no Estado da Bahia, Brasil. Cad Saude Publica 2018; 34(1):e00196216.	Analisar indicadores operacionais de controle da hanseníase e sua tendência temporal, na perspectiva de gênero, no estado da Bahia, Brasil, de 2001 a 2014.	Estudo epidemiológico	Estadual BA
Princípio da não discriminação e não estigmatização: reflexões sobre hanseníase⁴⁰40 Levantezi M, Shimizu H, Garrafa V. Princípio da não discriminação e não estigmatização: reflexões sobre hanseníase. Rev Bioet 2020; 28(1):17-23.	Discorrer sobre os conceitos de discriminação, estigma e violência estrutural, pensando-os no caso específico da hanseníase, sob a perspectiva da bioética e dos direitos humanos. Baseado no artigo 11 da Declaração Universal sobre Bioética e Direitos Humanos.	Ensaio	-
Profilaxia reversa: o estigma da lepra do hospital para a cidade⁴¹41 Lapchensk ADF, Hardt LPA. Profilaxia reversa: o estigma da lepra do hospital para a cidade. Saude Soc 2018; 27(4):1081-1093.	Analisar as consequências da desativação de um complexo hospitalar, diagnosticando sua situação atual e refletindo sobre alternativas para minimização das suas interferências deletérias, contribuindo para o desenvolvimento do pensamento sobre outras experiências urbanísticas de organização do espaço social perante a estigmatização.	Estudo de Caso	Municipal Curitiba-PR
Sangue e fígado: a persistência das imagens simbólicas sobre a lepra a partir do mito do Papa-Figo⁴²42 Costa A. Sangue e fígado: a persistência das imagens simbólicas sobre a lepra a partir do mito do Papa-Figo. RECIIS 2020; 14(2):502-514.	Este artigo volta-se para os processos simbólicos que, frente à iminência do adoecimento e da morte, fazem emergir no imaginário poderosas narrativas que se dinamizam em mitos. Elege, para isso, as imagens simbólicas sobre a lepra que circundam o mito do Papa-Figo.	Ensaio
Vulnerabilidades em casos de hanseníase na Atenção Primária à Saúde⁴³43 Araújo SM, Silva LN. Vulnerabilidades em casos de hanseníase na atenção primária à saúde. RESAP 2019; 5(3):38-50.	Identificar e analisar as evidências disponíveis na literatura sobre as variáveis da vulnerabilidade com a incapacidade física dos casos de hanseníase atendidos na atenção primária.	Revisão narrativa

Vulnerabilidades	Sentidos
Socioeconômica	Referente ao perfil socioeconômico de baixa escolaridade e baixa renda das pessoas afetadas pela hanseníase.
Programática	Refere-se a recursos sociais necessários, efetivos e democráticos para que as pessoas de fato tenham condições de prevenir doenças ou suas complicações, e a relevância designada ao problema no âmbito de gestão, planejamento, monitoramento e avaliação das ações voltadas para controle da doença.
Nutricional	Refere-se ao poder aquisitivo de uma alimentação que contribua para o tratamento da doença e a qualidade de vida do portador.
Biológica	Referente à necessidade de maior atenção pela existência de outras comorbidades, à possibilidade de incapacidades físicas se tornarem presentes e à falta de segurança dos profissionais da saúde para diagnóstico.
Psicológica	Refere-se ao sentimento de tristeza, medo e conflitos experienciados por quem se percebe com hanseníase, o que em muitos casos acarreta ansiedade e depressão.

ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva Av. Brasil, 4036 - sala 700 Manguinhos, 21040-361 Rio de Janeiro RJ - Brazil, Tel.: +55 21 3882-9153 / 3882-9151 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cienciasaudecoletiva@fiocruz.br

Acompanhe os números deste periódico no seu leitor de RSS

[1] Editores-chefes:

Romeu Gomes, Antônio Augusto Moura da Silva