Acessibilidade / Reportar erro

Utilização de serviços odontológicos entre crianças no Brasil: estudo exploratório a partir das pesquisas nacionais por amostra de domicílios

Resumo

A ampla disponibilidade de acesso aos serviços odontológicos pode ser considerada um fator preditor de melhores resultados na saúde bucal da população. O objetivo deste artigo é comparar os dados obtidos das Pesquisas Nacionais por Amostras de Domicílios (PNADs), em relação a utilização de serviços odontológicos, entre crianças de 4 a 12 anos. Estudo transversal, com dados obtidos a partir das PNADs realizadas em 1998, 2003 e 2008, envolvendo um total de 61.438, 64.659 e 59.561crianças, respectivamente. Considerou-se intervalos de confiança de 99% para os desfechos. No ano de 1998, 60,8% (IC99%: 59,4;62,1) das crianças haviam ido ao dentista, em 2003, 65,5% (IC99%: 64,4;66,7), e em 2008, 73,8% (IC99%: 72,1;74,2). Com relação à renda domiciliar, em 1998, 41,2% (IC99%: 39,1;43,3) das crianças inseridas nas famílias na menor faixa de renda foram ao cirurgião-dentista, em 2003 49,9% (IC99%: 48;51,9) o fizeram e, em 2008, 61,4% (IC99%: 59,5;63,2). Entre as que pertenciam a famílias onde o chefe possuía até 4 anos de estudo, 49,5% e 63%, em 1998 e 2008, foram às consultas odontológicas. A prevalência de crianças brasileiras que já haviam ido ao dentista aumentou entre 1998 e 2008, especialmente entre aquelas pertencentes a famílias com renda domiciliar menor e com chefes possuindo menor escolaridade.

Palavras-chave
Iniquidade social; Acesso aos serviços de saúde

ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva Av. Brasil, 4036 - sala 700 Manguinhos, 21040-361 Rio de Janeiro RJ - Brazil, Tel.: +55 21 3882-9153 / 3882-9151 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: cienciasaudecoletiva@fiocruz.br