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Exposição ocupacional ao mercúrio em cooperativas de triagem de materiais recicláveis da região metropolitana de São Paulo, SP, Brasil

Resumo

A exposição ocupacional ao mercúrio (Hg) foi avaliada em 4 cooperativas de materiais recicláveis por meio de amostragens de ar em 9 áreas (monte de triagem, balança, prensa, sala de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos-REEE, refeitório, escritório, empilhadeira, esteira e pátio externo). Das 83 amostras, apenas 14,5% apresentaram concentrações acima do limite de quantificação (LQ) e 53% entre o LD (limite de detecção) e LQ. A maioria dos valores > LQ ocorreu na cooperativa A, no monte (0,032 µg.m -3 ) e balança (0,029 µg.m -3 ). Nos dias de amostragem houve descarregamento de lâmpadas fluorescentes, o que pode explicar os maiores teores de Hg nessa cooperativa. Na cooperativa B a concentração foi 0,033 µg.m -3 na esteira e < 0,003 µg.m -3 nas outras áreas. Nas cooperativas C e D todos os valores foram < 0,007 µg.m -3 . As áreas de REEE apresentaram baixas concentrações, provavelmente devido ao baixo volume de REEE e forma de processamento do material. Os resultados estiveram abaixo dos valores de referência ocupacional, indicando que os trabalhadores não estão expostos ao Hg. No entanto, o desenho amostral pode não ter sido abrangente devido à intermitência no processamento de REEE e à imprevisibilidade da ocorrência de lâmpadas fluorescentes no material reciclável .

Materiais recicláveis; Lixo eletrônico; Mercúrio; Exposição ocupacional

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