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Tratamento antirrábico humano pós-exposição em relação à situação epidemiológica da doença

Resumo

O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a conduta profilática adotada após agressões por cães e gatos no município de Araçatuba, SP, com base no Manual Técnico de Tratamento Antirrábico Humano e considerando-se as situações de raiva não controlada (1990-1996) e controlada (1997-2010). Foi realizada uma análise retrospectiva dos dados das fichas do SINAN (W64-CID10) preenchidas pelo serviço de atendimento antirrábico no período de 1990 a 2010. Na maioria dos casos os acidentes foram leves (76,9%) e os animais agressores estavam sadios (75,4%), resultando em 53,3% de dispensa do tratamento. Em 64,6% dos casos em que houve indicação de tratamento esta foi considerada inadequada. No período de raiva não controlada houve maior indicação do tratamento com vacina e soro (43,4%) e no de raiva controlada o tratamento com três doses de vacina Fuenzalida e Palácios ou duas doses de vacina de cultivo celular (76,5%). No período de raiva controlada as condutas foram mais adequadas, segundo as recomendações técnicas, do que no período de raiva não controlada (p < 0,0001), embora, em ambos os períodos, tenha se observado uma aplicação excessiva de soro e vacina.

Palavras-chave
Raiva; Agressão por animais; Tratamento pós-exposição; Esquemas de imunização; Cães

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