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Análise de custo e custo-efetividade de intervenções de atividade física na atenção primária à saúde no Brasil: um estudo de viabilidade randomizado

Resumo

Programas de exercício físico são ofertados na atenção primária à saúde no Brasil, apresentando bons resultados na eficácia, sua contribuição econômica ainda não foi investigada. O objetivo do estudo é verificar a viabilidade de uma intervenção breve de aconselhamento para atividade física, e comparar seu custo econômico e custo-efetividade com a intervenção supervisionada de exercício físico na atenção primária. Um estudo de viabilidade de múltiplos braços paralelos, com igual randomização [1:1:1] foi realizado em Unidades Básicas de Saúde no Brasil. 61 participantes foram randomizados em Intervenção Breve de Aconselhamento (BCI), Intervenção Supervisionada de Exercício Físico (SPEI) e Grupo Controle (CG). As intervenções tiveram duração de 1 ano. BCI é mais econômica que SPEI, custando cerca de 50% menos nas comparações econômicas (custo da sessão, custo anual e custo por participante anualmente). No lazer, o custo de mudança de uma pessoa para a categoria fisicamente ativa aos 12 meses é estimado em R$ 369,00 na BCI e R$ 426,21 na SPEI. O Índice de Custo-Efetividade Incremental (ICER) é de R$ 310,32. BCI é viável e mais econômica; no entanto, o custo-benefício não é tão diferente. Assim, é altamente recomendável que as duas intervenções sejam oferecidas.

Palavras-chave:
Saúde pública; Breve aconselhamento; Exercício físico

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