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Padrões de buscas sobre câncer na internet: reatividades, riscos e afetos

Resumo

A popularização das Tecnologias para disponibilidade de informações não influenciaram os hábitos de prevenção. O presente texto analisa padrões de acessos ao site do Instituto Nacional de Câncer descritos em artigos anteriores, assim como as distâncias entre propósitos e resultados das campanhas de prevenção do câncer. Identifica-se um padrão reativo de buscas que se mostra indiferente às informações sobre prevenção, embora interessado em tecnologias de tratamento e na veiculação de notícias sobre doenças de celebridades. Isso contrasta com o paradigma das melhores informações para as decisões, radicado na heteronomia da educação bancária coletiva, seus meios e resolutividade. Discute-se a potência simbólica das campanhas à luz dos modelos heurísticos emocionais – ferramentas analíticas não classicamente empregadas nos estudos sobre riscos, mas aqui considerados elementos estruturantes à percepção pública da saúde. Retrata-se ambiguidades da cultura de risco, seu pendular entre certezas e inseguranças em meio às quais estes se formam e reconformam. Teoriza-se sobre a tripartição do risco como percepção, análise e política, sendo esta última representada pelo embate público entre as primeiras perante os riscos mais candentes ligados às circunstâncias históricas.

Internet; Mídias e saúde; Comunicação em saúde; Sociologia da saúde

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