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Uso de contracepção e desigualdades do planejamento reprodutivo das mulheres brasileiras

Resumo

O Brasil apresentou elevada queda de fecundidade nas últimas décadas. No entanto, diferenças sociodemográficas ainda impactam diretamente no acesso ao planejamento reprodutivo no país. O objetivo deste artigo é estimar a prevalência do uso de métodos contraceptivos (MC) de acordo com variáveis sociodemográficas entre mulheres brasileiras em idade reprodutiva. Trata-se de um estudo transversal que utilizou dados secundários de 17.809 mulheres que responderam à Pesquisa Nacional de Saúde. Estimou-se a prevalência com intervalos de 95% de confiança e utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. Mais de 80% das mulheres relataram utilizar algum MC, sendo o contraceptivo oral o mais utilizado (34,2%), seguido dos cirúrgicos (25,9%) e das camisinhas (14,5%). As mulheres pretas/pardas, nortistas e com baixa escolaridade são mais esterilizadas, enquanto as brancas, com maior escolaridade e das regiões Sul e Sudeste são as que mais utilizam contraceptivo oral e dupla proteção. Apesar das melhorias observadas não houve diminuição da prevalência do não uso de MC e ainda existem desigualdades de acesso à contracepção no país.

Palavras-chave:
Planejamento familiar; Saúde pública; Saúde da mulher; Anticoncepção; Disparidades nos níveis de saúde; Enfermagem

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