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Adesão às precauções padrão sob o prisma do Modelo de Crenças em Saúde: a prática de reencapar agulhas

Objetivou-se neste estudo aplicar o Modelo de Crenças em Saúde a fim de explicar a adesão à recomendação de não reencapar agulhas por cirurgiões-dentistas e auxiliares de saúde bucal da rede pública de um município paulista. Utilizou-se um questionário validado e adaptado para a área de saúde bucal, que contemplava variáveis relativas à frequência do reencape e crenças em saúde, por meio de escalas tipo Likert. A relação entre as crenças e a adesão à recomendação de não reencapar agulhas foi obtida por meio da análise de regressão. Da amostra de profissionais obtida por adesão ao estudo (n = 79), a maioria (83,5%) relatou ter reencapado agulhas pelo menos alguma vez no último mês. Por meio da análise de regressão, foi observado que a relação entre as crenças descritas pelo modelo e a atitude de aderir ou não à recomendação de não reencapar agulhas foi explicada por uma menor percepção de barreiras psicológicas e por uma maior percepção de estímulos para não reencapar agulhas. Conclui-se que a aceitação das recomendações para prevenir acidentes do trabalho com material biológico foi explicado por algumas dimensões do Modelo de Crenças em Saúde, possibilitando a discussão sobre a reformulação de capacitações oferecidas para profissionais do sistema público de saúde.

Riscos ocupacionais; Precauções universais; Recursos humanos em saúde; Educação em saúde


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