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Modelagem matemática para simular a dinâmica populacional da hepatite A de acordo com diferentes níveis de endemicidade

Acesso heterogêneo a serviços sanitários é uma característica de comunidades brasileiras. Essa heterogeneidade promove diferentes níveis de exposição ao vírus da hepatite A, resultando em padrões variados de endemicidade: áreas com taxas altas de infecção possuem tendência para ocorrência de endemismo, enquanto taxas de infecção baixas mostram tendência para surtos. Neste trabalho, apresentamos um modelo matemático desenvolvido para estudar o efeito do risco variado de exposição na dinâmica epidemiológica da hepatite A. Equações diferenciais foram usadas para simular a dinâmica populacional e sua solução numérica obtida usando-se o programa Stella®. O modelo usa parâmetros de infecção obtidos de estudos realizados na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, em áreas com diferentes condições sanitárias. Simulações mostram que a amplitude observada de valores de taxa de infecção compreende dinâmicas de alta e baixa endemicidades de hepatite A. Observamos que a relação funcional entre saneamento e exposição à infecção é um componente importante do modelo. A análise do impacto do saneamento parcial requer uma maior compreensão desta relação.

Hepatite A; Modelos Matemáticos; Dinâmica Populacional


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