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Curvas de percentis do perímetro de cintura como ferramenta de rastreamento para predizer fatores de risco cardiovasculares e risco de síndrome metabólica em crianças brasileiras

O estudo teve como objetivos desenvolver valores de referência para perímetro de cintura (PC) em crianças brasileiras entre 6 e 10 anos de idade e avaliar o desempenho da PC na predição de fatores de risco cardiovasculares e de síndrome metabólica (SM) em crianças. O estudo epidemiológico transversal de base populacional incluiu 1.397 crianças entre 6 e 10 anos de idade, através de amostragem probabilística em escolas públicas e privadas em Uberaba, Minas Gerais, Brasil. A PC era medida no ponto mais estreito da cintura (PC1) e ao nível do umbigo (PC2). Foram coletadas amostras de sangue e medidas de pressão arterial para determinar o diagnóstico de SM. Os seguintes fatores mostram associação significativa com PC: idade (p = 0,001), ponto anatômico (PC1 vs. PC2, p = 0,001) e interação sexo/ponto anatômico (p = 0,016). O método LMS foi utilizado para desenhar as curvas suavizadas específicas para sexo e idade, dos percentis 5, 10, 25, 50, 75, 90 e 95. A PC mostrou-se acurada para a predição de SM, para todas as idades [área sob a curva ROC (AUC) > 0,79 e p < 0,05], independente de sexo. Conclusão: o estudo apresentou curvas de percentis de PC em dois pontos anatómicos em uma amostra representativa de crianças brasileiras. Além disso, a PC mostrou ser forte preditor de fatores de risco cardiovasculares e SM em crianças.

Palavras-chave:
Antropometria; Curva ROC; Desenvolvimento Infantil


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