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Monitoramento da adesão ao tratamento antirretroviral no Brasil: um urgente desafio

O objetivo deste estudo foi descrever o efeito da não-adesão nos principais desfechos laboratoriais, contagem de linfócitos TCD4+ e carga viral, rotineiramente utilizados para monitoramento de pacientes iniciando tratamento segundo três diferentes formas de medir adesão à terapia antirretroviral. Entre 288 participantes, 22,9%, 31,9% e 74,3% foram considerados não-aderentes, respectivamente, pelos registros em prontuários médicos, autorrelato e registros de dispensação nas farmácias. Dependendo da medida de adesão utilizada, o ganho médio de linfócitos TCD4+ variou de 142,4 a 195,4 células/mm³ para participantes aderentes, comparados com 58,5 a 99,8 para não-aderentes. A redução média na carga viral variou de 4,25 a 4,62 log cópias/mL entre aderentes, comparados com 1,99 a 4,07 para não-aderentes. O monitoramento da adesão à terapia antirretroviral deve ser uma prioridade nos serviços de referência de AIDS, sendo capaz de identificar pacientes com alto risco de desenvolver falência virológica e permitindo intervenções precoces com possibilidade de preservação de esquemas terapêuticos iniciais.

Anti-Retrovirais; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Carga Viral; Contagem de Linfócito CD4; Adesão à Medicação


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