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Aplicação do índice de comorbidade de Charlson (ICC) no ajuste de risco da mortalidade após fratura proximal de fêmur em idosos: análise da importância dos diagnósticos secundários

Este estudo visa a analisar o papel do número de diagnósticos secundários no cálculo do índice de comorbidade de Charlson (ICC) no ajuste de risco da mortalidade 90 dias após cirurgia reparadora de fratura proximal de fêmur. Obtiveram-se as comorbidades por revisão dos prontuários de 390 pacientes com 50 anos ou mais de um hospital universitário no Município do Rio de Janeiro, Brasil, 1995 a 2000. Ajustaram-se modelos de regressão logística incluindo as variáveis idade, sexo e ICC. Calculou-se o ICC com: (1) todas as comorbidades do paciente; (2) apenas a comorbidade com maior peso; (3) apenas uma comorbidade sorteada. Houve gradiente na chance de óbito em função do ICC usando-se todas as comorbidades (RC = 6,53; IC95%: 2,27-18,77, escore 3 ou mais). Observou-se a capacidade de predição do ICC calculado com apenas uma comorbidade, entretanto apenas para o escore 1 em comparação ao 0: com maior peso (RC = 2,83; IC95%: 1,11-7,22); sorteada (RC = 2,90; IC95%: 1,07-7,81). É importante utilizar todas as comorbidades no ajuste de risco da mortalidade. Usar apenas um diagnóstico pode ser útil na classificação da gravidade do paciente.

Fraturas do Fêmur; Comorbidade; Mortalidade


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