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Mobilidade populacional e características demográficas e ambientais das epidemias de dengue em uma metrópole no Sudeste do Brasil, 2007-2015

Cerca de 14% de todos os casos de dengue (DENV) ocorrem nas Américas, a maioria dos quais no Brasil. Os correlatos socioeconômicos, ambientais e comportamentais já foram analisados em profundidade, mas há pouco conhecimento, principalmente em nível local, sobre o papel da mobilidade populacional nas epidemias de DENV. O estudo pretende verificar se o padrão diário de mobilidade populacional está associado à incidência do DENV em Campinas, cidade brasileira com mais de 1,2 milhão de habitantes no Estado de São Paulo. As notificações de DENV entre 2007 e 2015 foram georreferenciadas em nível de logradouro (n = 114.884) e combinadas com dados sociodemográficos e ambientais do censo populacional de 2010. A mobilidade populacional foi extraída da Pesquisa de Origem/Destino (POD) realizada em 2011, e a pluviometria diária foi obtida através de imagens de satélite. Foram aplicados modelos de regressão multivariada com resposta binomial negativa inflacionados de zeros. A mobilidade populacional alta apresentou efeito positivo relevante sobre a incidência mais elevada de DENV. Renda alta e residência em apartamento mostrou efeito protetor contra a doença, enquanto ruas não pavimentadas, número de pontos críticos (p.ex.: ferros-velhos e borracharias) e pluviosidade alta apareceram enquanto fatores de risco.

Palavras-chave:
Dengue; Dinâmica Populacional; Meio Ambiente


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