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Hepatotoxicidade das drogas antituberculose entre pacientes coinfectados HIV/tuberculose

Hepatotoxicidade secundária às drogas antituberculose limita o tratamento em pacientes coinfectados com HIV e tuberculose. Conduzimos estudo caso-controle para identificar fatores de risco para hepatotoxicidade entre pacientes com tuberculose e infecção pelo HIV em dois hospitais de Recife, Pernambuco, Brasil. O grupo caso consistiu de 57 (36,5%) pacientes com hepatotoxicidade e o grupo controle, 99 (63,5%) pacientes que não a apresentaram. Hepatotoxicidade foi definida como icterícia ou alta concentração de ALT/AST ou de bilirrubinemia total. Regressão logística multivariada mostrou que a contagem de linfócitos T CD4+ < 200 células/mm³ aumentou o risco de hepatotoxicidade em 1,233 vezes (p < 0,001), e coinfecção com vírus de hepatite B ou C aumentou o risco em 18,187 (p = 0,029). Alta hospitalar ocorreu em 66,1% dos pacientes do grupo caso (p = 0,026). Ausência de hepatotoxicidade foi fator de proteção para óbito (OR = 0,42; IC: 0,20-0,91). Coinfecção pelos vírus das hepatites B e C e linfócitos T CD4+ abaixo de 200 células/mm³ foram fatores de risco independentes para a hepatotoxicidade nesses pacientes.

Toxicidade de Drogas; Coinfeccção; Tuberculose; HIV


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