Estudo com o objetivo de diagnosticar precocemente e tratar de forma adequada a leishmaniose visceral foi desenvolvido em municípios de uma região metropolitana no Brasil. O modelo de intervenção previa a capacitação de um profissional de saúde que, após participar de um treinamento sobre diferentes aspectos da leishmaniose visceral, estaria apto a articular no seu município a implantação de um plano de ação que contemplaria três atividades: (a) ter pelo menos um médico para o diagnóstico e tratamento dos casos, (b) treinar profissionais para o diagnóstico laboratorial, (c) divulgar a informação sobre a leishmaniose visceral para profissionais de saúde. A implantação das atividades foi acompanhada por meio de reuniões durante três anos. Para as análises foram utilizados como indicadores: a presença dos profissionais às reuniões, a implantação das atividades e a redução da letalidade, antes (1998-1999) e após (2001-2002) a implantação. Entre os 36 municípios da região, 22 participaram. Oito (36,3%) tiveram 50% ou mais de presença às reuniões e 14 (63,6%) tiveram menos que 50% e nenhuma atividade implantada. Houve decréscimo da letalidade entre os municípios que implementaram as atividades.
Leishmaniose Visceral; Serviços de Saúde; Letalidade