Resumo:
O conhecido gradiente socioeconômico na saúde não significa que a desigualdade de renda, por si só, tenha qualquer efeito sobre o bem-estar. Há evidência de uma associação positiva entre desigualdade de renda e fertilidade na adolescência em diversos países, mas esse importante achado requer mais averiguação nos países de baixa renda. O estudo aplica a regressão logística multivariada à análise da fertilidade na adolescência e a desigualdade de renda, ambas em nível nacional, além da renda individual e controles, utilizando dados dos Inquéritos de Demografia e Saúde. Foi encontrada uma associação negativa entre desigualdade de renda e fertilidade na adolescência em países de baixa renda, depois de ajustar para renda (OR = 0,981; IC95%: 0,963-0,999). Os mesmos resultados foram constatados para medidas diferentes e sub-amostras diferentes dos países. Portanto, a associação internacional entre desigualdade de renda e fertilidade na adolescência parece ser mais complexa do que se pensava anteriormente.
Palavras-chave:
Iniquidade Social; Fertilidade; Países em Desenvolvimento; Adolescente