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Alternativas para modelagem do índice de massa corporal como variável contínua e relevância da análise de resíduos

Neste artigo, discutem-se alternativas de modelagem do índice de massa corporal (IMC), analisado como variável contínua, e a análise de resíduos. Buscaram-se estratégias de aplicação dos modelos lineares generalizados adequadas tanto do ponto de vista do ajuste estatístico quanto da facilidade de interpretação dos resultados. Nestas análises, foram incluídos dados relativos a 2.060 participantes da Fase 1 de estudo longitudinal (Estudo Pró-Saúde), com informação completa de peso, estatura, idade, raça/cor, renda familiar e escolaridade. Em nosso estudo, a análise de resíduos dos modelos estimados pelo método da máxima verossimilhança, amplamente utilizado, não possibilitou ajuste adequado dos modelos aos dados. A transformação da variável resposta, apesar de resultar em um bom ajuste, não conduziu a estimativas de fácil interpretação. Considerou-se como melhor alternativa a mudança do método de estimação para quase-verossimilhança. Assim, melhor ajuste foi alcançado e a variância permaneceu constante. Na modelagem de dados epidemiológicos, cabe aos pesquisadores buscarem o melhor equilíbrio entre a aplicação adequada de técnicas estatísticas e a facilidade de interpretação dos dados.

Índice de Massa Corporal; Modelos Lineares; Interpretação Estatística de Dados


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