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Associação entre o consumo de peixes ricos em ômega-3 e sintomas depressivos em idosos que vivem em um país de renda média: estudo de coorte EpiFloripa Idoso

Este estudo buscou verificar a associação entre o consumo de peixes ricos em ômega-3 (n-3) e sintomas depressivos em idosos residindo no Sul do Brasil. Esta é uma análise transversal com dados da segunda onda do estudo de coorte EpiFloripa Idoso (2013/2014) e incluiu 1.130 indivíduos com 60 anos ou mais. A presença de sintomas depressivos foi medida pela Escala de Depressão Geriátrica de 15 itens (GDS-15) e pela frequência semanal de consumo de peixes ricos em n-3. O conjunto mínimo de variáveis para ajuste foi definido utilizando-se um gráfico acíclico dirigido (GAD). Foi aplicada a regressão de Poisson com variância robusta de erros (ajustada pelo Modelo 1: variáveis demográficas e socioeconômicas, Modelo 2: variáveis comportamentais adicionadas e Modelo 3: variáveis de saúde). Identificamos a prevalência de sintomas depressivos em 19% dos idosos e 51,8% relataram comer peixes ricos em n-3 uma vez por semana. Os Modelos 1 e 3 apresentaram uma associação inversa entre peixes ricos em n-3 e sintomas depressivos. No entanto, a associação foi reduzida quando fatores comportamentais (atividade física de lazer) foram incluídos no Modelo 2. Esses achados sugerem que a ingestão de peixes ricos em n-3 tende a estar associada a sintomas depressivos em idosos. No entanto, outros fatores como o exercício físico são tão cruciais quanto os ácidos graxos n-3 em prevenir o desenvolvimento de sintomas depressivos.

Palavras-chave:
Ácidos Graxos Ômega-3; Ingestão de Alimentos; Depressão; Estudos Transversais; Envelhecimento


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