Este estudo teve por objetivo descrever a situação de saúde bucal em índios Guaraní do Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Um inquérito epidemiológico em saúde bucal, utilizando critérios da Organização Mundial da Saúde foi realizado em 508 sujeitos (90,7% da população). Aos 5 anos, 38,5% das crianças estavam livres de cárie e aos 12 o CPOD foi igual a 1,7. Observou-se que 54,2% dos indivíduos entre 35-44 anos e 12% entre 65-74 apresentavam 20 ou mais dentes. O número de dentes para 35-44 e 65-74 anos foi de 18,5 e 8,5. Enquanto o ceod não diferiu entre sexos, o CPOD e a perda dentária foram maiores em mulheres. Aproximadamente 60% da população não demonstraram problemas periodontais, enquanto 20,9% e 11,3% apresentaram sangramento gengival e cálculo como condições periodontais mais graves. Sangramento e cálculo foram mais comuns em homens, e sextantes excluídos em mulheres. Ações de promoção de saúde bucal são necessárias para esse grupo étnico e devem contemplar especificidades para diferentes grupos etários e de gênero.
Cárie Dentária; Saúde Bucal; Índios Sul-Americanos