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Epidemiologia descritiva do alcoolismo em grupos populacionais do Brasil

A partir de estudos nacionais, publicados entre 1943 e 1985, que fornecem dados sobre o alcoolismo, foram utilizados no presente artigo, especialmente aqueles que têm algum cunho epidemiológico. Seus dados foram reanalisados e utilizados apenas em seus valores absolutos; recalcularam-se as taxas e porcentagens, aglutinando-as em resultados que tivessem as mesmas características. Pelos dados analisados, encontramos maior predominância de alcoolismo em adultos jovens, concentrando-se entre 20 e 49 anos de idade, na razão de 10 homens para 1 mulher. No que diz respeito a taxas de prevalência, verificou-se que em três estudos em populações acima de 15 anos de idade, houve uniformidade para o alcoolismo-doença, que no sexo masculino variou de 6% a 13%, e no feminino de 0,7% a 1,4%. Em relação às internações, constatamos que o diagnóstico de alcoolismo alcança elevada proporção nos estabelecimentos psiquiátricos do país, a qual, somada à esquizofrenia, compreende 50% do total destas internações. Foi impossível generalizar os dados para todo o Brasil, devido à heterogeneidade cultural e econômica da população, à extensão territorial, aos critérios divergentes de classificação utilizados pelos diferentes autores, e à escassez de estudos que forneçam taxas de prevalência.


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