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Aspectos epidemiológicos da hanseníase: uma abordagem espacial

Epidemiological aspects of leprosy: a spatial approach

O objetivo foi identificar o padrão espacial da ocorrência da hanseníase em Duque de Caxias, município de alta endemicidade da doença no Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Foram selecionados todos os casos novos de hanseníase registrados no banco do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre 1998 e 2006. Realizou-se análise por período subdividido a cada três anos, seguido de análise espacial por meio da estimativa bayesiana empírica local e do cálculo da autocorrelação espacial global (Moran) e local (LISA). A análise mostrou melhora acentuada do quadro epidemiológico, com o diagnóstico mais precoce. Houve redução da proporção de casos com grau II de 13,6% para 8,6% (p = 0,04). Verificou-se aumento da detecção de casos com forma indeterminada, de 10,3% para 18% (p = 0,00). A análise espacial identificou cluster na faixa sul-noroeste, não relacionado diretamente às ações de campanhas ou descentralização, mostrando ser uma ferramenta importante para identificação de áreas críticas da endemia e para avaliação do impacto das ações estratégias de combate à doença.

Hanseníase; Análise Espacial; Doenças Endêmicas


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