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Exposição ao misoprostol e hormônios durante a gravidez e risco de anomalia congênita

Este estudo avalia a associação do uso do misoprostol e de outros produtos utilizados para induzir a menstruação com anomalia congênita. Foram arroladas consecutivamente 4.856 mulheres com vinte anos de idade ou mais, procedentes de serviços de pré-natal do Sistema Único de Saúde em seis capitais brasileiras. Dados sócio-demográficos e o uso de medicamentos foram obtidos por meio de entrevista, entre a 21ª e a 28ª semanas de gestação. Outros dados, incluindo informações sobre o parto e o diagnóstico de anomalia congênita, realizado pelo médico que assistiu o recém-nascido, foram obtidos no prontuário. Potenciais confundidores foram ajustados por meio de regressão logística. O uso de produtos para induzir a menstruação foi relatado por 707 gestantes (14,6%), das quais 120 (17%) referiram-se ao misoprostol. Após ajustamento para o centro de realização da pesquisa, foi verificada uma associação positiva entre misoprostol e anomalias congênitas (RC = 2,64; IC95%: 1,03-6,75); para hormônios sexuais também foi verificada uma associação positiva (RC = 2,24; IC95%: 1,06-4,74). Os resultados sugerem que o uso de misoprostol ou hormônios sexuais durante a gravidez aumenta o risco de anomalia congênita.

Misoprostol; Hormônios; Anormalidades; Saúde da Mulher


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