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AUTOTRADUÇÃO E EXÍLIO: UM ESTUDO DOS CASOS DE NGUGI WA THIONG’O E ARIEL DORFMAN

Resumo

Neste artigo, concentramo-nos nas trajetórias de escritores exilados que atuam como autotradutores e como “indivíduos que atuam propositadamente em um contexto social” (Palumo 2009, 9). Discutimos até que ponto o exílio abriu o caminho para a autotradução e também transformou os escritores exilados em indivíduos que atuam como autotradutores, “embaixadores e agentes” (Grutman e Van Bolderen 2014, 325) nos EUA “em luta constante [...] para restaurar [sua] importância” (Brodsky 1994, 5). Para os propósitos deste estudo, concentramo-nos nos casos do escritor queniano, Ngugi wa Thiong’o e do romancista e dramaturgo argentino-chileno-americano, Ariel Dorfman. Ambos, Ngugi e Dorfman, de maneiras diferentes, foram forçados a sair de seus países de origem, buscaram o exílio nos EUA, escreveram e traduziram ao longo de suas vidas. Nossa análise desses dois casos usará uma versão adaptada do modelo multidimensional de John Glad para a análise do processo de criação literária de escritores exilados. Ao analisar esses dois casos através de uma versão adaptada do modelo de Glad, esperamos contribuir para a discussão sobre a autotradução e sobre o exílio como um fator que afeta essa atividade diretamente e de diferentes maneiras.

Palavras-chave
Escritores exilados; Autotradutores; Autotradução; Agentes

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