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Aspectos nutricionais da silagem de tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus)

Um terço da captura mundial de pescado não é empregada para o consumo direto na alimentação humana, segue para elaboração de rações ou é desperdiçada como resíduo. O ideal seria utilizar a matéria-prima em toda a sua extensão e recuperar os subprodutos, evitando a própria formação do resíduo. Com os objetivos de aumentar a receita e a eficiência de produção da indústria e, conseqüentemente, minimizar os problemas ambientais e de sanidade, provenientes do resíduo de pescado, procedeu-se à elaboração da silagem química do resíduo de beneficiamento de Tilápia-do-Nilo (Oreocrhromis niloticus) após homogeneização e acidificação da biomassa com 3% de ácido fórmico: propiônico, 1:1, adição de antioxidante BHT e manutenção do pH ao redor de 4,0. Foram realizadas análises para determinação da umidade, proteína, lipídios e cinza. Os aminoácidos foram examinados em auto-analisador após hidrólise ácida, à exceção do triptofano determinado por colorimetria. A silagem de tilápia apresentou valores semelhantes ou superiores ao padrão da FAO para todos os aminoácidos essenciais, exceto para o triptofano. Os valores mais elevados encontrados foram para o ácido glutâmico, leucina e lisina. Os resultados indicam a utilização potencial da silagem, preparada a partir do resíduo de processamento da Tilápia-do-Nilo, como fonte protéica na formulação de ração para peixes, uma vez que esta apresentou teores maiores para todos os aminoácidos contidos na farinha de peixe, com exceção do triptofano.

aminoácidos; resíduo de pescado; subprodutos


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