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Avaliação química e nutricional de amêndoas da bocaiúva, Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd.

Caracterização de proteínas e análises da composição centesimal e teores de minerais foram realizados nas amêndoas da bocaiúva, Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. As amêndoas apresentaram alto teor de lipídio (51,7%), proteína (17,6%) e fibra (15,8%). Proteínas solúveis das sementes foram fracionadas de acordo com a sua solubilidade. As principais proteínas separadas foram as globulinas (53,5%) e glutelinas (40,0%), e a presença de proteases de baixo peso molecular nessas duas frações foi revelada por eletroforese em gel de poliacrilamida (SDS-PAGE). Ensaios da atividade inibitória de proteases e da hemaglutinação mostraram que as frações protéicas da bocaiúva não foram resistentes à ação da tripsina e quimotripsina e apresentaram baixo teor de lectina. A digestibilidade in vitro da globulina foi semelhante à da caseína padrão. Hidrólises enzimáticas da globulina e glutelina não aumentaram significativamente (p < 0,05), com o aquecimento. Treonina e lisina são os aminoácidos mais limitantes, respectivamente, das duas principais frações de proteínas da amêndoa da bocaiúva, a globulina (escore de aminoácido de 47,1%) e glutelina (escore de aminoácido de 49,5%), relativamente ao padrão teórico para crianças de 2 a 5 anos de idade, recomendado pela FAO/WHO. Amêndoas de bocaiúva mostraram ser ricas em cálcio, fósforo e manganês, em comparação com algumas amêndoas de frutos como caju e coco.

amêndoa; Acrocomia aculeata; globulina; glutelina; análise química; digestibilidade


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