A técnica de espectrometria de absorção atômica com forno de grafite (GF AAS) foi a técnica escolhida pelo laboratório de contaminantes inorgânicos do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/FIOCRUZ) para ser validada e aplicada em análises de rotina para detecção e quantificação de arsênio. Os parâmetros de validação seletividade, linearidade, sensibilidade, limite de detecção e quantificação, exatidão e precisão foram estudados e otimizados usando as condições STPF (Stabilized Temperature Platform Furnace). Os resultados encontrados apresentaram limites de detecção 0,13 µg.L-1 e quantificação de 1,04 µg.L-1, uma precisão média para arsênio total inferior a 15% e uma exatidão de 96%. Para quantificar as espécies químicas As(III) e As(V), utilizamos uma resina de troca iônica (Dowex 1X8, forma de Cl-) e os parâmetros físico-químicos foram otimizados, obtendo-se uma recuperação de As(III) de 98% e de As(V) de 90%. O método foi aplicado em amostras de águas subterrâneas, águas minerais e água purificada para hemodiálise. Todas as amostras apresentaram resultados abaixo do limite máximo permitido pelas legislações em vigor: 50 µg.L-1, 10 µg.L-1 e 5 µg.L-1, respectivamente. Todos os resultados foram avaliados estatisticamente.
arsênio; água; espectrometria de absorção atômica com forno de grafite; especiação; validação
