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A Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional como Instrumento de Política Externa: a Economia Política da Cooperação Técnica Brasileira entre 2003 e 2016

RESUMO

Por que um país forneceria Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (CID)? A literatura de ajuda identifica propósitos morais e humanitários, objetivos político-diplomáticos e interesses econômicos como os principais motivos pelos quais um país teria uma política de CID. Este artigo contribui para esse debate por meio de um estudo de caso sobre as motivações do Brasil em fornecer cooperação técnica entre 2003 e 2016. Sobretudo durante o governo de Luís Inácio Lula da Silva, o discurso oficial do Brasil enfatizou as características de solidariedade da cooperação nacional. Podemos vincular esse tom de não indiferença aos princípios morais e humanitários para o fornecimento CID. No entanto, a narrativa dos benefícios mútuos da Cooperação Sul-Sul (CSS) indica interesses políticos e econômicos em sua execução. Este artigo analisa os padrões de alocação da Cooperação Técnica (CT) brasileira entre 2003 e 2016. O estudo explora se (e quais) considerações políticas e econômicas foram determinantes importantes da cooperação brasileira. Por um lado, exportações comerciais, empréstimos subsidiados e apoio político em instituições internacionais ajudam a explicar o padrão de alocação da Cooperação Técnica brasileira nesse período. Por outro lado, o Brasil priorizou países menos desenvolvidos com melhores instituições democráticas em sua política de CT.

cooperação internacional para o desenvolvimento; cooperação sul-sul; ajuda externa; cooperação técnica; política externa brasileira


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