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Insegurança Percebida nos Bairros de Santiago do Chile: A Importância do Bem-Estar Subjetivo

RESUMO

Neste artigo estudamos os determinantes dos sentimentos de insegurança e o medo do crime em Santiago, Chile. Propomos um enfoque teórico integrador em torno ao conceito de “bem-estar”, o qual permite resgatar tanto as dimensões objetivas quanto as subjetivas expostas na literatura, assim como os distintos contextos analisados: individuais e geográficos. Utilizamos dados da Pesquisa COES de Coesão e Conflito dos Bairros e dados georreferenciados no âmbito da área censitária. Os modelos de regressão linear indicam que as variáveis que capturam o bem-estar subjetivo no contexto do bairro são as mais significativas para entender as atitudes estudadas. Especificamente, as percepções de desordem física/social e as experiências de vitimização indireta mostram associações positivas; enquanto as disposições de solidariedade institucional e apego/arraigo com a comunidade mostram associações negativas com os sentimentos de insegurança e o medo ao crime dos residentes. No que diz respeito ao bem-estar objetivo, o capital econômico individual é o único fator que mantém sua significância estatística nas estimações finais. Os fatores objetivos do bairro como os níveis de criminalidade, a concentração da pobreza/riqueza, e os serviços disponíveis da vizinhança, não aparecem como preditores significativos depois de controlar o bem-estar subjetivo no contexto do bairro.

sentimento de insegurança; medo do crime; bem-estar; coesão do bairro; América Latina

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