Acessibilidade / Reportar erro

Precisamos de estatística quando temos a lingüística?

A estatística é conhecida por ser uma abordagem quantitative de pesquisa. No entanto, a maioria da pesquisa feita nos campos da linguagem e da lingüística é de natureza diferente, qual seja, qualitativa. De modo sucinto, a análise qualitativa difere da quantitativa pelo fato de a primeira não é feita tentativa de atribuir freqüências, porcentagens e outros atributos semelhantes, às características lingüísticas encontradas ou identificadas nos dados. Na pesquisa quantitativa, as características lingüísticas são classificadas e contadas, e modelos estatísticos mais complexos ainda são construídos a fim de explicar os fatos observados. Na pesquisa qualitativa, contudo, usamos os dados apenas para identificar e descrever características da linguagem em uso e para fornecer exemplos / ocorrências reais de um fenômeno particular. Neste trabalho, tentaremos mostrar como métodos quantitativos e técnicas estatísticas podem suplementar análises qualitativas da linguagem. Nós tentaremos apresentar alguns métodos quantitativos que são de grande valor para trabalhar empiricamente com textos e com corpora, ilustrando diversas questões com vários exemplos, passando das técnicas mais básicas de descrição (contagem de freqüência e porcentagens) para técnicas de tomada de decisão (qui-quadrado e z-score) e para modelos lingüístico-estatísticos mais sofisticados (fórmulas de Forma-Ocorrência / Lema-Ocorrência / e Lema-Forma, análise de cluster e discriminant function analysis.)

Análise quantitativa; Estatística; Modelagem lingüística; Corpora lingüísticos


Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP PUC-SP - LAEL, Rua Monte Alegre 984, 4B-02, São Paulo, SP 05014-001, Brasil, Tel.: +55 11 3670-8374 - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: delta@pucsp.br