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NEUROIMAGEM NA DOENÇA DE PEQUENOS VASOS CEREBRAIS: ATUALIZAÇÃO E NOVOS CONCEITOS

RESUMO.

Nos últimos anos, a doença de pequenos vasos cerebrais (DPV) tem sido reconhecida por seu grande impacto no comprometimento cognitivo em pacientes mais velhos, sendo muitas vezes difícil separar os efeitos dela e das doenças neurodegenerativas individualmente. Trata-se de uma doença sistêmica, provavelmente relacionada com uma disfunção endotelial difusa, que no encéfalo acomete preferencialmente as arteríolas perfurantes, capilares e vênulas. Apesar de muitas vezes ser assintomática, é responsável por quase metade dos casos de demência e por uma parcela importante dos acidentes vasculares encefálicos. Os achados de neuroimagem encontrados na ressonância magnética incluem pequenos infartos subcorticais recentes, lacunas de origem vascular presumida, hipersinal da substância branca de origem vascular presumida, alargamento dos espaços perivasculares e micro-hemorragias. O reconhecimento desses achados de imagem como espectro de uma mesma doença ocasionada pela disfunção endotelial dos pequenos vasos cerebrais possivelmente permitirá uma análise global da doença e com isso o desenvolvimento de estratégias preventivas e terapêuticas mais eficazes.

Palavras-chave:
neuroimagem; ressonância magnética; doença de pequenos vasos

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