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DESEMPENHO COGNITIVO DE IDOSOS COM BAIXA ESCOLARIDADE COM E SEM DEPRESSÃO

RESUMO.

A depressão maior pode se manifestar em indivíduos com 60 anos ou mais e, comumente, está associada ao declínio cognitivo, especialmente nos domínios memória de trabalho, atenção, função executiva e velocidade de processamento. Nesse contexto, a escolaridade é um fator de proteção em relação ao declínio cognitivo.

Objetivo:

Comparar o desempenho cognitivo entre idosos de baixa escolaridade da comunidade com e sem depressão maior.

Métodos:

Trata-se de um estudo transversal, descritivo e analítico. Foram selecionados 22 idosos da comunidade com depressão e 187 idosos sem depressão, que foram avaliados por meio dos seguintes instrumentos: Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), Bateria Breve de Rastreio Cognitivo (BBRC), Consortium to Establish a Registry for Alzheimer’s Disease (CERAD), teste de extensão de dígitos de ordem direta e inversa, e um teste de semelhança de objetos.

Resultados:

Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos com depressão e sem depressão em nenhum dos testes aplicados.

Conclusões:

O presente estudo demonstrou que não existem diferenças no desempenho cognitivo de idosos com e sem depressão em testes neurocognitivos comumente utilizados na prática clínica. Estudos futuros com métodos e delineamentos diferentes, com testes específicos para idosos com baixa escolaridade, podem auxiliar na compreensão dessas relações e dos mecanismos envolvidos.

Palavras-chave:
envelhecimento; depressão; cognição; saúde mental; escolaridade

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