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REATIVIDADE DO CORTISOL A UM ESTRESSOR FÍSICO EM PACIENTES COM DEPRESSÃO E DOENÇA DE ALZHEIMER

RESUMO.

A doença de Alzheimer (DA) e o transtorno depressivo maior (TDM) são transtornos que acometem idosos e estão associadas ao estresse crônico e à desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), que repercute em alterações nos níveis de cortisol (basal e reatividade).

Objetivo:

Investigar a reatividade do cortisol em uma única sessão de exercício físico em pacientes com TDM e com DA e compará-la com a de idosos saudáveis.

Métodos:

Indivíduos controle saudáveis (n=10) e idosos com diagnóstico clínico de TDM (n=08) e DA (n=13) foram submetidos a uma única sessão de exercício aeróbio em esteira rolante, durante 30 minutos, em intensidade moderada. O cortisol salivar foi coletado antes e depois do estressor agudo. Na estatística, foram realizadas as análises de variância (ANOVA) de medidas repetidas, correlação de spearman e regressão linear.

Resultados:

Não foi encontrada interação para momento x grupo [F (2.000, 28.000)=1.285; p=0,293] e tampouco efeito para o grupo (F=0,323; p=0,727). Todavia, foi observado efeito significativo para o momento [F(1,000, 28,000)=4,930; p=0,035], mostrando diminuição dos níveis de cortisol no pós-exercício para todos os grupos. O tamanho do efeito (TE) foi considerado pequeno para o grupo TDM (d=0,402) e trivial para o DA (d=0,166) e o saudável (d=0,090).

Conclusões:

Todos os participantes apresentaram diminuição da reatividade do cortisol a um estressor físico, o que pode estar associado a um comprometimento no enfrentamento de um estressor agudo.

Palavras-chave:
Hidrocortisona; Estresse Mecânico; Doença de Alzheimer; Exercício Físico; Depressão

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