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IMC, deficit cognitivo e sintomas depressivos em pacientes de alto risco cardiovascular

Resumo

Avaliar a associação entre obesidade, comprometimento cognitivo e sintomas depressivos em pacientes de alto risco cardiovascular. Métodos: Foi selecionada uma amostra de 93 pacientes com 50 anos ou mais em acompanhamento no Centro de Dislipidemia e Alto Risco Cardiovascular do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA). Pacientes com história de acidente vascular cerebral (AVC) foram excluídos. Para a avaliação cognitiva, foi utilizado o MEEM (Mini Exame do Estado Mental). Escores de 24 ou menos foram considerados como comprometimento cognitivo, para pacientes com 4 ou menos anos de escolaridade, o ponto de corte usado foi de 17 pontos. A escala GDS-15 (Geriatric Depression Scale) também foi utilizada, sendo adotado o ponto de corte 6 para a presença de sintomas depressivos. Resultados: Pacientes obesos apresentaram valores menores na média dos escores do MEEM quando comparados a pacientes não-obesos (p=0,0012). Além disso, para cada ponto de acréscimo no IMC acima de 30, houve um aumento de 27% na chance do paciente ter comprometimento cognitivo. Os pacientes obesos apresentaram 31% de chance de ter comprometimento cognitivo quando comparados com pacientes com sobrepeso. Conclusões: Os achados do presente estudo corroboram a associação entre obesidade e comprometimento cognitivo em pacientes de alto risco cardiovascular. Entretanto, esta associação não foi observada ao se analisar os sintomas depressivos.

Palavras-chave:
obesidade; comprometimento cognitivo; depressão

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