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Comparação dos Níveis de Metabólitos Cerebrais Utilizando Espectroscopia de Prótons por Ressonância Magnética em 1.5T e 3.0T.

RESUMO

Espectroscopia de prótons por ressonância magnética (MRS) tem se mostrado uma técnica bastante útil em diversas doenças neurológicas e psiquiátricas. A utilização de sistemas de mais alto campo magnético favorece essa técnica uma vez que a intensidade do sinal e a resolução espectral são proporcionais à intensidade do campo. Objetivo: Avaliar o efeito do campo magnético sobre a medida dos níveis dos metabólitos cerebrais em uma típica rotina clínica. Métodos: Os dados foram obtidos em 26 indivíduos saudáveis nos sistemas de 1.5T e 3.0T. As aquisições foram feitas sequencialmente e a ordem foi distribuida randomicamente. Resultados: Foram observadas melhoras na relação sinal-ruído (SNR) e na largura de linha dos picos nos dados obtidos em campo maior. No entanto, a melhoria na SNR foi menor que o esperado teoricamente que seria o dobro da obtida em 1.5T. Exceto pelos valores obtidos para creatina e mio-inositol, que foram maiores em 3.0T, todas as concentrações de metabólitos obtidas foram aproximadamente a mesmo em ambos os campos. Todas as concentrações de metabólitos foram estimadas com Cramer Rao lower bounds (CRLB) inferior a 15% das concentrações calculadas. Conclusões: Apesar de o presente estudo dar suporte aos benefícios gerados pelo aumento do campo para a técnica de MRS, existem fatores que podem levar a diferentes resultados quantitativos quando se compara espectroscopia em 1.5T e 3.0T. Estudos comparativos serão necessários para refinar os limiares dos níveis de metabólitos para melhorar a acurácia da detecção de doenças neurológicas utilizando espectroscopia em 3.0T.

Palavras-chave:
cérebro; espectroscopia por ressonância magnética; 1.5T; 3.0T.

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