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Teste de Fluência Verbal Semântica nas demências: análise preliminar retrospectiva

Resumo

A Fluência Verbal Semântica (FVS) requer a geração de palavras de determinada categoria, num tempo pré-fixado de 60 segundos.

Objetivos:

Verificar se os dados sociodemográficos e clínicos de indivíduos com demências se correlacionam com a FVS; apontar possíveis diferenças entre critérios de número de respostas, agrupamentos e dados distribuídos nos intervalos predizem resultados clínicos.

Métodos:

Este é um estudo retrospectivo de 49 prontuários de pacientes com demência, classificados de acordo com a escala de estadiamento de demência (Clinical Dementia Rating-CDR). Foram correlacionados os dados de educação, idade e gênero e CDR e Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) ao número de respostas, agrupamentos e mudanças de critério (switchings) gerados, em quatro intervalos de 15 segundos.

Resultados:

As correlações entre número de respostas, quartis e entre número de respostas e de quartis foram baixas (r=0.407, p=0.004; r=0.484, p<0.001); porém, a correlação foi alta entre número de agrupamentos e de respostas (r=0.883, p<0.001). O número de itens gerados na SVF foi estatisticamente significante com o MMSE (p=0.01) e houve tendência à significância no CDR (p=0.06). Os resultados indicaram pouca atividade daquilo que chamamos de cluster recalling nos dois grupos.

Discussão:

A FVS com o critério de itens gerados pode ser considerado instrumento clínico vantajoso em relação às varreduras clássicas, em pacientes com CDR 2 e 3, pela rapidez e facilidade de aplicação.

Palavras-chave:
fluência verbal; avaliação; cognição; demência.

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