Demência é uma das principais causas de dependência e incapacidade entre idosos, e impõe enormes encargos econômicos. Apenas alguns estudos de custo-de-doença para a demência foram realizados em países de renda média e baixa.
OBJETIVO:
O objetivo deste estudo foi analisar os custos relacionados com demência em pacientes de uma clínica particular, em Lima, Peru.
MÉTODOS:
Foi realizado estudo retrospectivo de uma coorte durante três meses para extrair informações de prontuários de pacientes com demência para avaliar a utilização de recursos tanto de saúde como outros. Os custos totais da doença foram divididos em diretos (despesas de assistência médica e social) e indiretos (custos de cuidados informais).
RESULTADOS:
Em 136 pacientes ambulatoriais, observou-se que, enquanto metade dos pacientes não dementes teve custos totais de cuidados de menos de US$ 23 ao longo de três meses, os pacientes dementes tiveram custos de US$ 1500 ou mais (e mais de US$ 1.860 para a demência frontotemporal). Em nosso estudo, o custo mensal de um paciente demente (US$ 570) foi 2,5 vezes maior do que o salário mínimo (salário mínimo mensal no Peru em 2011: US$ 222,22).
CONCLUSÃO:
Demência constitui um problema socioeconômico, mesmo nos países em desenvolvimento, uma vez que os pacientes envolvem altos custos de saúde e não de saúde, com os custos sendo especialmente altos para a família do paciente.
demência; custos e análise de custos; custo da doença; custos de cuidados com saúde; gastos com saúde