OBJETIVO:
o objetivo desse estudo foi avaliar a necessidade normativa de tratamento ortodôntico e os fatores que determinam o impacto subjetivo da má oclusão, em escolares brasileiros de 12 anos.
MÉTODOS:
um total de 451 indivíduos (215 homens e 236 mulheres) foi selecionado aleatoriamente de escolas públicas e particulares de Juiz de Fora, Minas Gerais. Os dados coletados incluíam informações sociodemográficas e condições oclusais. O impacto estético subjetivo da má oclusão foi avaliado pelo Orthodontic Aesthetic Subjective Impact Score (OASIS). A avaliação da má oclusão e a necessidade de tratamento ortodôntico foram avaliadas pelo Dental Aesthetic Index (DAI) e pelo Index of Orthodontic Treatment Need-Aesthetic Component (IOTN-AC).
RESULTADOS:
a prevalência da necessidade normativa de tratamento ortodôntico foi de 65,6% (n = 155) e a prevalência do impacto estético ortodôntico subjetivo foi de 14,9%. As seguintes variáveis mostraram associação significativa com impacto estético subjetivo da má oclusão: sexo feminino (p = 0,042, OR = 0,5, IC = 0,2-0,9); aluno de escola pública (p = 0,002, OR = 6,8, IC = 1,9-23,8); ≥ 4mm (p = 0,037, OR = 1,7; ICI = 1-3); e sorriso gengival ≥ 4mm (p = 0,008, OR = 3,4, IC = 1,3-8,8).
CONCLUSÃO:
a necessidade normativa de tratamento ortodôntico superestimou a necessidade percebida. Fatores oclusais e socioculturais influenciaram a insatisfação de escolares com a aparência dentofacial.
Má oclusão; Ortodontia; Qualidade de vida