RESUMO
Objetivo:
O objetivo deste estudo foi analisar a movimentação das cúspides e dos ápices de caninos e primeiros molares superiores durante a retração de caninos na primeira fase do fechamento do espaço pós-extração, e avaliar se esses dentes apresentam mudança na taxa de movimentação (aceleração e/ou desaceleração).
Material e Métodos:
Vinte e cinco pacientes (idade = 23,3 ± 5,1 anos) foram incluídos. A retração dos caninos superiores foi realizada com molas helicoidais fechadas de níquel-titânio (100gf) em arco 0,020” de aço inoxidável. Foram feitos traçados cefalométricos de telerradiografias oblíquas e sobrepostos ao melhor ajuste anatômico da maxila (antes da retração [T0]; após um mês [T1], três meses [T3], cinco meses [T5] e sete meses [T7]). A estatística foi baseada em dados com distribuição normal. Procedimentos multiníveis foram usados para derivar polinômios para cada uma das medidas. Teste t de Student e ANOVA de uma via para medidas repetidas foram realizados, adotando-se um nível de significância de 5%.
Resultados:
As cúspides e os ápices dos caninos não seguiram uma curva quadrática em relação ao movimento horizontal (sem aceleração ou desaceleração). As cúspides dos caninos e molares apresentaram mais movimento horizontal do que os ápices (4,80 mm vs. 2,78 mm e 2,64 mm vs. 2,17mm, respectivamente).
Conclusões:
A movimentação horizontal dos caninos não acelerou ou desacelerou ao longo do tempo; as cúspides e os ápices dos caninos e molares apresentaram maior movimento horizontal e maior taxa de movimentação no início da retração dos caninos, seguida por uma taxa de movimentação significativamente menor e constante após o primeiro mês.
Palavras-chave:
Fechamento de espaços ortodônticos; Movimentos dentários ortodônticos; Procedimento de ancoragem ortodôntica; Dente canino