RESUMO
Objetivo:
o objetivo deste estudo foi avaliar as diferenças morfológicas entre as arcadas dentárias inferiores de indivíduos turcos e indivíduos norte-americanos leucodermas.
Métodos: a amostra incluiu 132 indivíduos turcos (34 Classe I, 58 Classe II e 40 Classe III) e 160 norte-americanos (60 Classe I, 50 Classe II e 50 Classe III). A porção mais vestibular de 13 áreas de contato proximal foi digitalizada a partir de imagens impressas das arcadas dentárias inferiores dos pacientes. Os pontos de colagem dos braquetes foram calculados, para cada dente, com base em dados referentes à espessura dos dentes inferiores. Quatro medidas lineares e duas proporcionais foram obtidas. Os indivíduos foram classificados de acordo com o formato da arcada (triangular, oval e quadrada), permitindo que a frequência de cada formato fosse comparada entre os grupos étnicos, e dentro de cada classificação de Angle.
Resultados:
o grupo composto por indivíduos turcos apresentou profundidade da arcada na região dos molares significativamente menor, além de uma proporção largura/profundidade da arcada na região dos molares maior em todas as classificações de Angle. Em contrapartida, esse mesmo grupo mostrou maiores distâncias intercaninos nos pacientes Classe III e intermolares nos pacientes Classe II. A arcada oval foi a mais frequente no grupo composto por indivíduos turcos, enquanto a arcada triangular foi a mais frequente no grupo composto por indivíduos norte-americanos leucodermas.
Conclusões:
os resultados obtidos mostram que, ao tratar pacientes turcos, o profissional deve prever o uso de arcos ortodônticos pré-conformados ovais em um percentual significativo dos pacientes.
Palavras-chave:
Arcada dentária; Modelos de gesso; Grupos étnicos; Má oclusão