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Anísio Teixeira, uma "visão" do futuro

ENSINO BÁSICO

Anísio Teixeira, uma "visão" do futuro

Célia Maria Ferreira Cordeiro

A HISTÓRIA DE Anísio Teixeira, e todo o seu movimento para a concretização das suas idéias, constitui um verdadeiro exemplo para a humanidade e para os educadores. Praticava a reflexão pela ação, construindo, na prática, toda uma filosofia que deixou profundas marcas e grandes contribuições para a civilização, em todos os postos ocupados na área de educação.

No centenário do seu nascimento, a importância da obra de Anísio Teixeira para o país, e para o estado da Bahia em particular, está sendo lembrada num ciclo de atitudes, eventos e comemorações que culminam com a recuperação física e estrutural de uma das obras mais significativas para a educação básica: a revitalização do Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro, que inclui a Escola Parque, uma experiência de educação para a formação integral do homem.

Quando a Secretaria de Educação do Estado da Bahia deslanchava o processo de reestruturação do Centro, a primeira visão do espaço físico retratava e refletia um forte impacto, perplexidade e até um certo desânimo. Os efeitos do tempo, da descontinuidade administrativa e da incompreensão da proposta original que concretizava os sonhos do educador Anísio Teixeira, fizeram com que a Escola Parque se descaracterizasse, quase nada restando dos seus pressupostos teóricos e princípios de atuação, dos seus mestres e dos produtos concretos dos seus trabalhos.

Ao propor os elementos fundamentais para a revitalização do Centro, revisitamos o mito de Hércules, lembrando que seria preciso transcender a uma avaliação permanentemente "mental", buscando dentro de nós, e ao nosso redor, apoios e soluções "intuitivas" para que a nossa "força" fosse renovada pela emoção, pela fé e pelo compromisso com este processo de reconstrução. Em meio ao desgaste físico, as imagens simbólicas do que foi outrora o Centro foram integrando, junto com a visualização do que o Centro poderia ser na contemporaneidade, um rico "mosaico" de representações que já começava a superar a imagem real.

Assim como Hércules, estamos fazendo ecoar os nossos "címbalos", pois apenas estes, podem vencer e afastar os "pássaros devastadores"; apenas este som pode superar o ruído ensurdecedor praticado pelos "pássaros", enriquecendo as propostas mentais e racionais com uma magia, com uma energia transfigurada pela alegria e pelo prazer do resgate do sonho sonhado por um homem que fez realidade. Não se poderia prolongar o destrato com a obra de um filho tão querido e respeitado.

O Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro foi o espaço onde Anísio Teixeira introduziu e experimentou as suas concepções de educação. A sua luta maior consistia na busca da conquista da universalização da educação pública e gratuita. Em seus trabalhos ressaltou a importância da educação escolar para integrar o país na civilização letrada. Entendia a escola pública como uma máquina para a produção da democracia almejada, considerando-a como o mais significativo instrumento de justiça social e de correção das desigualdades provenientes da posição e da riqueza. Considerava que o investimento na educação representava desenvolvimento social e pessoal, tendo como produto, resposta ou conseqüência a ascensão social, como acreditavam os liberais naquela época.

Para Anísio, a escola eficaz seria de tempo integral, tanto para os alunos, quanto para os professores. Quando se referia à universalização da educação básica para todos, assegurando em inúmeras situações que a educação não era privilégio de poucos, considerava a escolarização tradicional, à qual se contrapunha a proposta do Centro Popular, como apenas uma oportunidade de especialização, já que a educação era realizada no âmbito da classe e da sociedade, cabendo à escola apenas os ofícios intelectuais e sociais.

Já naquela época a universalização pretendida pelos liberais não consistia na democratização da escola existente, em sua racionalidade, rigidez e parcialidade. Os ideais da universalização passaram a se alimentar dos pressupostos da convenção francesa, apontando para a luta por uma nova concepção de sociedade, sem privilégios de classe, de dinheiro, de herança, época em que a escola única ganhou importante significado. Para os liberais, o indivíduo poderia buscar na escola, e pela escola, a sua posição na vida social. Nesta perspectiva, os "dotes" inatos, devidamente desenvolvidos, determinariam a posição social, numa sociedade considerada moderna e realmente democrática.

Anísio pretendia a universalização de uma nova escola, aquela proposta no Centro Popular, comum para todos, a chamada "escola única", onde as crianças de todas as posições sociais iriam "formar a inteligência, a vontade, o caráter, os hábitos de pensar, de agir e de conviver socialmente".

Ressalta-se no dizer de Anísio uma identidade com a nova concepção de educação para o milênio que se inicia, proposta pelo Relatório Delors-Unesco, indicando a sua estruturação a partir de quatro princípios pilares: "aprender a conhecer", "aprender a fazer", "aprender a viver juntos", "aprender a ser", que pensados na sua interação e interdependência, fundamentam-se numa concepção de totalidade dialética do sujeito.

Para Anísio, a escola tradicional era a oficina do conhecimento racional e a oficina do trabalho era a escola do conhecimento prático. Uma não conhecia a outra, eram dois mundos à parte, que poderiam se admirar e se odiar, mas não se compreender. A aproximação destes dois mundos, com a conseqüente transformação de ambos, se deu com o advento da ciência experimental que nasceu quando o homem do conhecimento racional resolveu utilizar os meios e processos do homem da oficina, não apenas para "fazer apetrechos", mas para elaborar o "saber" e para produzir novos conhecimentos.

Assim, a experiência prática tomou o lugar do conhecimento empírico, produzindo as tecnologias experimentais que, por sua vez, substituíram as artes empíricas. Para ele, os dois sistemas se fundiram em um método comum de pensamento e ação.

A despeito de as experiências educacionais tradicionalmente terem se constituído em elementos de manutenção e reprodução dos valores da sociedade; esta nova escola, proposta por Anísio Teixeira na década de 50, passou a ser destinada não somente a reproduzir a comunidade humana, mas a erguê-la em um nível superior ao existente no país.

O Centro Popular de Educação Carneiro Ribeiro foi criado como um modelo para a universalização da educação integral do homem comum. Esta experiência inspirou a organização do sistema educacional do Rio de Janeiro, posteriormente o de Brasília e, mais recentemente, os CIEPS, também no Rio de Janeiro, e os CIACS propostos para todo o país.

Este conjunto escolar constituiu-se das Escolas Classes destinadas ao desenvolvimento intelectual e as práticas racionais da Escola Parque, onde a qualificação de educação se faria pela prática das oficinas, das artes, das atividades sócio-educativas, do esporte e do acesso à literatura. Nesta escola, à inspiração da Escola Nova, do ideário proposto por William James e John Dewey, as crianças e os jovens deveriam praticar na comunidade escolar o que fariam na comunidade adulta amanhã. Educar para a vida e para a democracia formando o estudioso, o operário, o artista, o esportista, o cidadão útil, inteligente, responsável e feliz.

A estrutura física dos prédios de aparência marcante, mas sem suntuosidade e riqueza, abrigava os sonhos mais íntimos de um educador verdadeiro e dos seus seguidores, responsáveis pela concretização prática de seus ideais. Uma experiência de ensino diferenciada da rede educacional baiana, nas diversas esferas administrativas.

Os espaços da Escola Parque eram destinados às atividades desportivas e de higiene, do setor de trabalho, incluindo as artes industriais, a tecelagem, a tapeçaria, a encadernação, a cerâmica, a cartonagem, a costura, o bordado, o couro, a lã, a madeira, o metal. Também lugar de destaque foi conferido às artes, música, dança, ao teatro e às artes visuais, a pintura e a escultura.

Os estudos individuais e em grupo na biblioteca e as atividades sócio-educativas e de convivência social faziam-se presentes. No conjunto educacional, a organização das turmas tinha uma estruturação particular: por anos de escolaridade e por idade cronológica, independentemente dos níveis pedagógicos conquistados. Em cada grupo, classe, eram organizados os subgrupos, por níveis de aprendizagem. A aprovação era automática e a reprovação não tinha lugar. A globalização ou a fusão dos conteúdos já era praticada em projetos pedagógicos, hoje denominados inter ou transdisciplinares, nas unidades de trabalho, nos centros de interesse, nos projetos de ensino.

Os serviços de apoio logístico e de suporte para as ações pedagógicas se faziam enriquecidos por refeitório, padaria, loja, rádio, correio e organizações infanto-juvenis. O desenvolvimento de lideranças, o fortalecimento de auto-estima, a caracterização das potencialidades, o trabalho diversificado e independente eram responsáveis pelo sucesso de desempenho dos alunos.

Também no conjunto escolar, era desenvolvido um programa de treinamento de professores para a educação fundamental, considerado por Anísio Teixeira fator essencial para qualquer transformação educacional.

No discurso da inauguração do Centro, em 21 de setembro de 1950, Anísio destacava o funcionamento integral das escolas, a sua renovação, digna de nota. No entanto, registrava a sedução das simplificações e da deformação posteriormente exercida pelas instituições educacionais após a década de 30, fazendo dos brasileiros, filhos da improvisação educacional.

E contra esta tendência à simplificação destrutiva, levantou o Centro Popular de Educação, desejando dar à escola primária, o seu dia letivo completo, seus cinco anos de curso, um programa completo de leitura, aritmética e escrita, ciências físicas e sociais, artes industriais, desenho, música, dança e educação física. Além disso, declarou desejar que a escola educasse, formasse hábitos, atitudes e aspirações. Que preparasse realmente a criança para sua civilização técnica, industrial e em permanente mutação.

Por outro lado, ressaltou desejar que a escola desse saúde e alimento à criança, visto não ser possível educá-la no grau de desnutrição e abandono em que vivia. Assegurou que os seus propósitos soavam como algo visionário, declarando que o Centro era custoso e caro, porque eram custosos e caros os objetivos a que visava; e continuou afirmando que não se poderia fazer educação barata, "se é a nossa defesa que estamos construindo, nunca será demasiado caro, pois não há preço para a sobrevivência".

A proposição dos novos rumos para o Centro Popular nos coloca, inicialmente, frente a questões teóricas relevantes: a relação entre o mundo da educação e o mundo do trabalho, o significado da participação dos cidadãos e da sociedade civil nas propostas educacionais e o papel social da escola no mundo pós-moderno, onde as práticas educativas são impactadas pela evolução das ciências e da tecnologia e pelos avanços da comunicação social.

A nova organização proposta contempla:

  • Respeito à concepção original da obra de Anísio Teixeira, e a permanência do Centro Educacional Carneiro Ribeiro e da Escola Parque como escola de educação fundamental, pública, laica e gratuita, e como uma "experiência" de

    educação integral para o homem comum.

  • A consideração desta responsabilidade, como preocupação central do Estado, tratando-se do nível de escolaridade obrigatória e da cobertura de um direito subjetivo do cidadão assegurado pela Constituição.

  • O cumprimento das definições das políticas públicas para a educação no país, que impõe, como condição primeira de democratização da educação, a universalização do atendimento da educação fundamental como serviço estrutural básico.

  • A consideração do trabalho educacional do Centro como "referência" para o ensino fundamental no estado da Bahia.

  • A administração direta dos serviços prestados pelo Estado, diante de sua natureza de serviço básico, onde o Estado exercita a garantia do direito subjetivo do cidadão, podendo-se, para o cumprimento desta finalidade, estabelecer parcerias qualificadas para realização de trabalho coparticipativo em mútua cooperação.

  • A restauração física da Escola Parque, e o resgate do Projeto Original de Diógenes Rebouças.

  • A restauração das obras de arte, com a colaboração dos artistas vivos.

  • A revitalização de todos os setores e atividades anteriores, com a integração de novas práticas consideradas como Centros de Aprendizagem e com coordenação específica e especializada.

  • A garantia da articulação funcional entre a Escola Parque e Escolas de Classes, integrantes de um conjunto.

  • A implantação do "Centro de Qualificação de Aprendizagem", destinado à concretização das diversas atividades técnicas que serão responsáveis pela "contemporaneidade" da obra de Anísio, envolvendo as atividades e espaços a seguir enumerados:

  • laboratórios de currículo e adaptação curricular;

  • projetos pedagógicos que contemplem avanços ou inovações;

  • interdisciplinaridade, a multi-referencialidade e a transversaliade;

  • a ética e os valores humanos;

  • as inteligências múltiplas e os estilos de aprendizagem;

  • a modificabilidade cognitiva (PEI);

  • a educação tecnológica e científica (Lego-Data, laboratórios);

  • a aceleração de aprendizagem;

  • a maximização das possibilidades da comunicação pedagógica e uso de multimeios na educação;

  • o suporte sócio-afetivo, a intersubjetividade no processo educacional;

  • a alfabetização digital e a conquista da "fluência" no uso de instrumentos computacionais e telemáticos;

  • a atuação educativa pelo uso de redes de alta velocidade;

  • as práticas da educação inclusiva, incluindo a educação para altas habilidades, entre outras ações que respondam às necessidades e demandas do mundo moderno, na denominada sociedade de informação que significa a conquista de novos paradigmas para a atuação educacional, neste contexto de transformações aceleradas e de disponibilização de um volume de informações mediante meios e recursos avançados, de alta velocidade, que hoje influenciam diretamente a construção de uma nova escola, a partir da resignificação de paradigmas.

  • A necessidade de estreitamento das relações entre o mundo do trabalho e o da educação no sentido das reciprocidades construídas.

  • A resignificação de participação da sociedade civil no estabelecimento das políticas e diretrizes para o setor educacional.

  • O estabelecimento de um novo paradigma para a ação educacional, considerando os avanços da ciência, da tecnologia e dos processos de comunicação social e seus reflexos na redefinição do papel social da escola.

A concretização dos ideais de educação de Anísio Teixeira extrapolaram os valores e as práticas da chamada "escola nova" e da "escola ativa", fazendo incursão no sentido da dimensão dialética e histórico crítico que viria desabrochar no Brasil a partir da década de 60, até os anos atuais.

As características, desta nova organização, ao mesmo tempo em que deverão garantir o resgate das conquistas educacionais já praticadas, deverão ainda enriquecer e qualificar os parâmetros da administração pública dos serviços educacionais.

São atributos significativos para a qualificação do processo, a agilidade e objetividade das decisões, a competitividade e a inclusão de diferenciais para o processo educacional desenvolvido na perspectiva de responder às demandas da pós-modernidade.

Para concretizar estes propósitos, a Secretaria de Educação deverá adequar a sua estrutura e as suas normatizações a essas necessidades emergentes, e também integrar parcerias com diversas instituições no sentido de qualificar as práticas públicas de administração e gestão do passivo educacional.

Nessa linha, incluem-se iniciativas que contemplam:

  • A participação efetiva dos diversos extratos de comunidade na gestão dos serviços educacionais, pela implantação de mecanismos de gestão democrática e participativa nos quais tem lugar de destaque as associações estudantis, a implantação dos Colegiados ou Conselhos Escolares, Conselho de Parcerias, dentre outras iniciativas.

  • A implantação/oficialização de medidas, normas e procedimentos identificados com a conquista de níveis elevados de qualidade e eficiência do processo educacional.

  • A implantação e concretização de diferenciais que constituam princípios de trabalho para a educação integral, pelos quais as ações comprometidas com a educação inclusiva ganham realce e maior significado, conferindo à intersubjetividade do processo educativo o lugar privilegiado de inserção dos excluídos na sociedade.

  • A dimensão diagnóstica e emancipadora da avaliação de desempenho, apontando para os procedimentos de adaptação curricular, de aceleração de aprendizagem e para a implantação de medidas de correção de fluxo escolar.

  • A vivência da revolução tecnológica nos "bancos escolares", onde os computadores e os satélites qualificam a mediação presencial com as práticas telemáticas, com a televisão, o vídeo, a

    internet, as bibliotecas virtuais e com as ações de educação continuada e à distância.

  • A construção de parcerias apoiadas no entendimento que o repensar do processo educativo implica trabalho coletivo e cooperativo dos diversos segmentos da sociedade, da sociedade política e da sociedade civil.

  • A adoção de procedimentos de organização escolar flexíveis e cooperativos.

  • A utilização de práticas de gestão pautadas em princípios de qualidade e competitividade.

O delineamento conceitual para os diversos centros de aprendizagem incluem a consideração dos parâmetros da educação para o século XXI, numa dimensão planetária, posicionando-a no centro de desenvolvimento tanto das pessoas quanto das comunidades. Ensinar a condição humana em sua identidade, como objeto essencial.

Por outro lado, fundamentam também os propósitos dos centros de aprendizagem os requerimentos para a educação na sociedade da informação, ou das questões enfrentadas pela educação na cibercultura. Nesta sociedade de informação, o papel da educação se amplia e se enriquece implicando a resignificação dos conteúdos nas abordagens transdisciplinares, no uso da computação e das práticas telemáticas, enfim, de todos os avanços da comunicação para superar o analfabetismo digital, o privilégio da fluência no uso destes instrumentos, e a própria alienação, construindo os processos de democratização qualitativa dos procedimentos educacionais a partir da qualificação do ensino presencial, da educação à distância e de todos os processos de educação continuada.

A universalização dos serviços computacionais é o grande desafio. A reflexão relativa ao movimento de digitalização deverá permear qualquer reflexão e concretização de programas estruturais de educação que deverão ser disponibilizados para os cidadãos, especialmente para aqueles que enfrentam o nível de escolaridade obrigatória. Na verdade, a rede escolar é considerada uma rede de distribuição de informações e serviços que garantem o acesso ao uso e a fluência nos recursos computacionais e telemáticos para o cidadão, estabelecendo uma nova ênfase e um novo foco para a educação escolar. A inserção favorável da escola na sociedade de informação requer, além de uma base tecnológica, um conjunto de condições e informações no sistema educacional. É preciso desenvolver competências para transformar informações em conhecimento, transfigurado na vantagem competitiva, na inteligência coletiva e no ideal de uma verdadeira consciência coletiva.

A introdução das inovações tecnológicas e as novas formas de gestão, o trabalho e a educação na sociedade contemporânea também justificam uma nova proposta de revitalização do Centro Educacional, pois vivemos um momento histórico, em que o conhecimento e a informação desempenham papel relevante integrando a educação ao processo de desenvolvimento pessoal, em termos de novos paradigmas. Um novo plano de racionalização da economia vem buscando novas formas de organização do trabalho, pela redução da divisão do trabalho e de auto-organização dos processos de gestão, convertendo o conhecimento em elemento indispensável para fazer funcionar o aparelho produtivo. Nestes termos, a sobrevivência tanto das empresas quanto dos empregados decorre da sua capacidade de aprendizagem, e apresenta desafios importantes para o sistema educativo nas empresas e nas próprias escolas.

Tendo em vista a globalização do comércio e da indústria, e o crescimento acelerado da tecnologia, identifica-se que o núcleo de trabalho eficiente é influenciado pelos chamados "conhecimentos práticos do lugar de trabalho", incluindo competências, destrezas, habilidades e qualidades pessoais que constituem a realização do trabalho.

Entende-se que esses conhecimentos práticos farão parte dos critérios mundiais de excelência e representação, um enlace entre o mundo da educação e o mundo do trabalho, pois deverão ser aprendidos primeiro na escola, trabalhados de forma integrada e em contextos semelhantes aos do mundo do trabalho, em ambiente real, extrapolando as condições de uma aprendizagem eminentemente teórica. Assim, o conhecimento e os seus usos deverão caminhar juntos, o estudar para aprender, integra-se ao estudar para fazer, pois a finalidade da educação envolve a formação dos trabalhadores como cidadãos capazes de se adaptarem às mudanças constantes e de enfrentarem novos desafios.

A linguagem artística, em suas múltiplas expressões, constitui veículo privilegiado de "textos" e lições. A educação através das artes tem sido alvo de inúmeras reflexões, tendo conquistado espaço garantido nas propostas educacionais. No Centro e na Escola Parque, as artes estiveram presentes no projeto físico dos espaços componentes do conjunto e ainda na presença das obras de arte nos diversos setores de atividades, em grandes painéis, possibilitando a convivência cotidiana com a produção artística e com o seu significado. A existência de espaços físicos para as artes revela também o grande significado destas no processo de aprendizagem, e na proposta educacional.

Vislumbra-se, hoje, com maior clareza o papel das artes na educação como fator de sensibilização, veículo de prazer e de formação, potencializando canais de expressão e de produção do conhecimento mediante suas múltiplas linguagens, bem como do despertar das vocações identificadas com as práticas e valores específicos.

Na sociedade pós-moderna o significado das artes se amplia para o exercício de uma vivência solidária e para o desenvolvimento de capacidades relacionais em larga escala. A metáfora de uma orquestra sintetiza a importância de cada um, de todos e do líder, no equilíbrio e sinergia do conjunto, da orquestra e da sociedade.

As múltiplas linguagens das artes são compreendidas hoje como mecanismos de revelação subjetiva, de expressão da alma, conteúdo de maior significado para a conquista da subjetividade do processo educativo.

Também a motricidade humana, o jogo, a recreação e os esportes encerram significados na aprendizagem. O "aprender a conviver" ou a "viver juntos" configura-se como prática privilegiada nesta categoria de ações educacionais, na qual a compreensão dos direitos, das regras e das convenções são interligadas pela dimensão lúdica, objetivadas nas seqüências das atividades, colocando-se como circunstancia ideal para a compreensão e aceitação de papéis e de limites.

A proposta pedagógica contemporânea para o Centro Educacional contempla ainda a evolução da concepção da educação na sociedade pós-moderna, integrando a educação inclusiva e uma série de suportes técnicos e sócio-afetivos requeridos pelo processo adequado e ideal de construção do conhecimento pelos aprendizes, mediados pelos agentes educacionais, no sentido de subsidiar os processos subjetivos dos alunos, potencializando as capacidades e as oportunidades para o desenvolvimento das habilidades metacognitivas, das habilidades relacionais e sócio-afetivas, e das habilidades psico-motoras e produtivas, de modo que estas constituam capacidades e competências, numa verdadeira atuação preventiva da saúde mental e de equilíbrio do processo de construção do conhecimento.

Finalmente, influencia também as proposições constantes de um corpo de procedimentos de revitalização da obra educacional do Centro, a gestão corporativa como foco de administração dos serviços educacionais. As contínuas e céleres mudanças pelas quais a sociedade vem passando exigem que o homem esteja permanentemente em processo educativo, estruturado a partir de currículos flexíveis e resultantes de parcerias e de gestão cooperativa e compartilhada das diversas instituições que integram o sistema escolar convencional. O currículo da escola básica orienta-se para o desenvolvimento de competências para a cidadania, para a produção e difusão de conhecimentos instrumentais e básicos, para o desenvolvimento humano e para o conhecimento e trânsito fluente entre as inovações disponibilizadas para os homens na contemporaneidade.

Diante da velocidade de ocorrências destas mudanças no contexto, dos imperativos de revisão e reestruturação dos papéis institucionais e profissionais, e para dar respostas a estas demandas de "formação" impostas pelo mundo moderno às agências de formação, considera-se da maior importância para o desenvolvimento de missão institucional, o intercâmbio e a parceria entre as escolas e outras organizações, especialmente com aquelas que venham praticando modelos de gestão cooperativa, bem como as instituições acadêmicas e de pesquisa, no sentido do exercício de uma colaboração crítica que possa impulsionar o conjunto de propósitos para uma atuação mais efetiva e adequada.

Considerando as tendência para a educação no século XXI, os seu princípios e pilares fundamentais, a indicação dos "saberes" de maior significado na concretização dos propósitos educacionais e, ainda, as reflexões relativas à educação na sociedade de informação e as transformações ocorridas no mundo do trabalho, foram estruturadas as linhas de ação o os programas de trabalho dos Centros de Aprendizagem na Escola Parque, integrantes do conjunto do Centro Educacional com a concorrência do efetivo trabalho das Escolas Classes, assim caracterizados:

Centro de Qualificação de Aprendizagem

As atividades deste Centro têm por objetivo contemplar ações com características inovadoras, concretizando tendências contemporâneas em educação.

Envolvem uma série de projetos especiais tendo em vista os seguintes aspectos:

  • aprofundamento do conhecimento a partir de temas de significado no mundo moderno, abordados na dimensão

    transdisciplinar;

  • articulação do conhecimento com o contexto sócio-afetivo, mediante suportes

    terapêuticos integrados ao processo educacional;

  • reflexões relativas à questões centrais na sociedade

    : valores humanos, ética, cidadania, participação social;

  • exercício e vivência com as

    inteligências múltiplas e os diversos estilos de aprendizagem, e com a

    inteligência emocional;

  • estudos do funcionamento mental e práticas voltadas para a

    modificabilidade cognitiva;

  • resgate do

    prazer de aprender pela veiculação do conhecimento através do

    lúdico;

  • ampliação do potencial de

    habilidades cognitivas, psico-motoras e sócio-afetivas;

  • realização de estudos, pesquisas e inovações nos processos educacionais;

  • concretização de processos vinculados à educação científica e tecnológica;

  • a elevação dos níveis da produtividade escolar pela utilização dos processos de adaptação escolar e aceleração da aprendizagem;

  • a concretização de práticas inclusivas no atendimento educacional tanto pelo atendimento de portadores de necessidades especiais quanto pelo desenvolvimento de altas habilidades.

Centro de Atividades Laborais

O Centro de Atividades Laborais tem o objetivo de responder às demandas da educação pelo trabalho, para o desenvolvimento de competências, destrezas e habilidades práticas requeridas pelas transformações ocorridas no mundo do trabalho, que qualificam, enriquecem e transformam o princípio educativo na sociedade pós-moderna.

A instrumentalização de ambientes de produção, de comercialização, de prestação de serviços colocam-se na dimensão especial de aprendizagem, e como condição para o desenvolvimento de competências que se colocam como atributos de empregabilidade, hoje e amanhã. Estas competências incidem no manejo de recursos, informações, sistemas e tecnologias, estruturados em cinco instâncias: de recursos, relações interpessoais, utilização e trato com as informações, sistemas e tecnologias.

Acompanharão as ações uma série de eventos voltados para a reflexão das ações, seminários, workshops centrados no desenvolvimento de habilidades e de conscientização crítica.

Centro de Atividades Artísticas

A educação através da arte tem sido considerada uma prática privilegiada para o desenvolvimento da sensibilidade, como estratégia educativa enriquecedora na produção do conhecimento, revelando-se integrante e aliada de procedimentos de aprendizagem nos diversos conteúdos. Na Escola Parque e em outros meios educacionais os propósitos colocam-se no sentido de valorizar o fazer arte, em suas múltiplas linguagens, aliando ao prazer e à criatividade pura e simples a preocupação com a produção artística e a socialização das obras produzidas no sentido da própria "enculturação" da população.

Destacam-se então como papéis fundamentais para a educação através da arte a sensibilização, o conhecimento, o aprendizado técnico e o prazer ou deleite. Na Escola Parque as atividades artísticas integrar-se-ão aos princípios e objetivos do ensino fundamental e à concepção do modelo educacional específico, envolvendo patamares de atuação, iniciando-se pela sensibilização dos indivíduos para as artes, seguida da integração das artes nos diversos caminhos pedagógicos e de aprendizagem, enveredando também para a produção e o direcionamento profissional.

Todas as práticas, portanto, deverão garantir a qualidade artística e a competência dos grupos e participantes do núcleo de produção artística. São princípios norteadores a liberdade de expressão, a crença no poder de criação e o respeito às diversidades culturais.

O Centro de Atividades Artísticas entre suas atividades poderá privilegiar ações de consultas às comunidades artística e acadêmica por meio da realização de concursos para o desenvolvimento de projetos, e para tal guardando um percentual ou cota dos recursos humanos do setor para estes profissionais rotativos, cujos projetos forem selecionados em concurso.

Centro de Atividades Recreativas,

de Higiene e de Educação Ambiental

O trabalho deste Centro privilegia o trabalho com a motricidade humana, considerando o corpo como o lugar que guarda e representa o nosso ser, as nossa impressões e expressões, a nossa história e as nossas emoções.

Inicialmente, todas as ações de desenvolvimento corporal e práticas de psico-motricidade, se estabelecem na dimensão preventiva de saúde, e de saúde mental, praticando-se processos fundamentais para a organização/reorganização neurológica dos indivíduos. Aliado a este processo, a dimensão lúdica presente nas atividades recreativas, nos jogos e nos esportes, onde as regras e as normas se colocam com a configuração dos limites e dos papéis desempenhados por todos, nas diversas atividades, e nas relações sociais.

Ressalta-se o significado das práticas de higiene, do cuidado com a saúde e ainda do exercício da educação ambiental, compreendida na dimensão sistêmica, e do seu significado na sociedade pós-moderna.

Todas as modalidades desportivas serão desenvolvidas internamente e pela interrelação com instituições diversas.

Centro de Documentação e Atividades Culturais

A importância da documentação no Centro vincula-se à construção da história da educação na Bahia, no Brasil e à própria história de vida de Anísio Teixeira. Por esta razão, cabe um trabalho de reordenamento institucional da Biblioteca, transformando-a num verdadeiro Centro de Documentação que inclua a organização e arquivos de jornais, de documentos e das produções de Anísio Teixeira. Acompanhando as tendências da sociedade de informações, a biblioteca será informatizada e enriquecida pelas informações virtuais. Serão produzidos CDs, será criada uma intranet em parceria com instituições que dispõem de arquivos sobre Anísio Teixeira. O processo de utilização da biblioteca e de orientação de estudos ganha novos contornos pela utilização intensiva da internet incentivando a aprendizagem e a produção colaborativa. A produção literária será também buscada, incluindo os diversos estilos e possibilidades de linguagem.

Centro de Atividades Sócio-Educativas

Estas atividades visam a estruturar projetos e atividades que considerem as múltiplas alternativas do "aprender a conviver", extrapolando inclusive os espaços da escola, exercitando a interatividade com a família, comunidade e sociedade, considerando especialmente as características da sociedade da informação, nas quais esta interatividade também se estabelece a partir das tecnologias de informação e da comunicação.

A primeira preocupação deste Centro será a de construir a "imagem" da Instituição, pelo uso dos diversos meios de comunicação e pela elaboração de peças e instrumentos sobre a visão institucional e informações sobre os diversos serviços prestados à população. Estas produções serão também veiculadas mediante o esquema montado para a recepção do público-cliente.

As atividades dos alunos deverão contemplar todas as formas de participação e cidadania. Na representação estudantil em níveis interno e externo, a participação também far-se-á pelos meios de comunicação de massa: jornal, rádio, programa de TV, articulando parcerias para assegurar o "cunho de realidade" de todas as ações.

Por outro lado, as ações deste Centro estarão voltadas para o procedimento do exercício de relações interinstitucionais, com vistas à integração da escola na comunidade, e ainda ao estabelecimento de parcerias qualificadas, que venham enriquecer a proposta de trabalho.

Centro de Administração e Apoio Logístico

Para a obtenção de apoio às diversas ações do Centro são imprescindíveis a qualidade, a eficácia das ações e a conquista de resultados positivos.

Desde a portaria e recepção, aos serviços gerais de limpeza, manutenção e segurança, a alimentação, o transporte e a jardinagem, até os serviços de administração de pessoal, de recursos materiais e financeiros, todos serão acionados a partir deste centro, em articulação com os diversos centros, garantindo todo o suporte para que todas as atividades sejam concretizadas diante dos princípios e objetivos estabelecidos.

As práticas dos diversos centros serão organizadas em quatro estágios ou ciclos, reunindo os alunos a cada dois anos de escolaridade, conforme recomendado nos Parâmetros Nacionais de Currículo.

Estes estágios deverão progressivamente concretizar a conquista dos objetivos do ensino fundamental, tornando os alunos capazes de:

  • compreender a cidadania como participação social e política;

  • adotar e usar, no quotidiano, atitudes de solidariedade, cooperação, respeito ao outro e a si próprio;

  • posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais;

  • utilizar o diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões coletivas;

  • conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais;

  • conhecer e valorizar a pluraridade do patrimônio sócio-cultural brasileiro;

  • perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente;

  • desenvolver o conhecimento de si e a confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de interrelação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania;

  • conhecer o próprio corpo, valorizando-o e dotando-o de hábitos saudáveis para a garantia da qualidade de vida;

  • utilizar diferentes linguagens, verbal, matemática, gráfica, plástica, corporal como meio de produzir, expressar e comunicar suas idéias, atendendo diferentes situações de comunicação;

  • saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;

  • questionar a realidade, formulando problemas e suas resoluções, utilizando o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

As orientações didáticas deverão privilegiar os princípios da autonomia, diversidade, interação, cooperação, disponibilidade para a aprendizagem, organização do tempo e do espaço, e o uso de recursos diversificados.

As ações didáticas deverão organizar-se a partir da pedagogia de projetos, contemplando temas estruturados em projetos pedagógicos interdisciplinares nos quais a realidade e a análise do contexto são atributos fundamentais.

A experiência do Centro Popular de Educação, na década de 50, já representava um vislumbre da Escola do Futuro e, até hoje, constitui a concretização mais expressiva deste intento.

A Escola Parque, embora entendida como a expressão mais verdadeira da "Educação Complementar" à Escola Convencional, denominada de Escola Classe, até o momento não foi generalizada em outros espaços na rede de ensino como Centro Interescolar que integre ações de outros grupos de escolas comuns, concretizando a articulação funcional pretendida, entre as Escolas "Classes" e a "Parque", para gerar um projeto de educação integral do homem, em seus múltiplos aspectos e necessidades.

Quiçá, isso agora possa acontecer na Bahia, pela transfiguração da energia do resgate do sonho sonhado, por um homem que o fez realidade, para o orgulho de sua prática e para "exemplo" do ser educador verdadeiro.

Célia Maria Ferreira Cordeiro é pedagoga, pós-graduada em Estrutura e Funcionamento do Ensino (UnB), em Planejamento Educacional (Unesco), em Administração de Sistemas Educacionais (FGV), em Direito Constitucional da Criança e do Adolescente (Faculdade de Direito-UFBa), mestre em Ciências Sociais Aplicadas à Educação (UFBa), psicopedagoga (CETIS-SEDES-PUC/SP), professora aposentada (UFBa e SEC/Ba), assessora da Pró-Reitoria Acadêmica (UCSal), consultora de diversos órgão públicos e privados.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Mar 2005
  • Data do Fascículo
    Ago 2001
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