O assoreamento é um processo natural, mas que pode ser potencializado pelas ações antrópicas e resulta em grandes problemas para os reservatórios, reduzindo seu volume útil para a irrigação. Um exemplo deste problema foi a redução da área do espelho d'água da represa municipal de Fernandópolis em 48,3%, durante 20 anos. Por isso, este trabalho teve como objetivo avaliar a produção de sedimentos e o assoreamento da represa municipal de Fernandópolis a partir de metodologia que pode ser aplicável a pequenas barragens de terra para fins agrícolas. Para isto, foi monitorado, mensalmente, durante um ano, o volume de sedimento depositado na represa. O percentual de retenção de sedimentos na represa municipal de Fernandópolis variou de 53,9 a 94,5%, que associada a uma alta produção específica de sedimentos, provocará seu completo assoreamento em, no máximo, 57 anos. Recomendam-se para minimizar este processo, a restauração das áreas de preservação permanente e a retirada de 17.500 m³ de sedimentos do leito da represa.
hidrossedimentologia; uso e ocupação do solo; erosão