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Codigestão anaeróbia de glicerina bruta e efluente de fecularia

O Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel introduziu o biodiesel na matriz energética brasileira, trazendo a perspectiva de aumento da oferta de glicerina, coproduto gerado na proporção de 10 kg para cada 100 L de biodiesel. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a adição de glicerina bruta na digestão anaeróbia de efluente de indústria de fécula de mandioca (manipueira), em reator de fluxo semicontínuo horizontal de uma fase, em escala de laboratório. Foi utilizado um reator com volume útil de 8,77 L, meio suporte em eletroduto corrugado de policloreto de vinila (PVC), temperatura de 261 ºC, alimentado com manipueira e glicerina, aplicando-se tempos de detenção hidráulica de 4 e 5, dias e cargas orgânicas volumétricas crescentes de 3,05; 9,32; 14,83 e 13,59 g COD L-1 d-1, obtidas com a adição de glicerina aos níveis de 0; 2; 3 e 2% (v/v), respectivamente. As eficiências de remoção média de ST e STV foram decrescendo a partir da adição de glicerina à manipueira, com médias de 81,19 a 55,58 % para ST e 90,21 a 61,45% para STV. A adição de glicerina em 2% aumentou a produção de biogás em relação ao tratamento-controle, chegando a 1,979 L L-1 d-1. A produção de biogás em função da DQO consumida foi maior para o tratamento-controle que, para os tratamentos com adição de glicerina, indica menor conversão da matéria orgânica em biogás.

manipueira; biodiesel; biogás; glicerol


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