RESUMO
O objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta termorregulatória de búfalas leiteiras nos ambientes de pré-ordenha (sala de espera) e pós-ordenha. Para identificar a capacidade termorregulatória dos animais, coletou-se a temperatura de superfície da pele, utilizando um termômetro de infravermelho (TMPT) e uma câmera termográfica (TMPC), e a frequência respiratória (FR) dos animais. Para a caracterização do ambiente térmico, foram calculados o índice de temperatura de globo e umidade (ITGU), a carga térmica radiante (CTR) e a entalpia (H). Os índices e os dados fisiológicos dos animais foram analisados utilizando-se de Redes Neurais Artificiais com uma única camada, treinadas com o algoritmo mínimo quadrado médio (LMS - Least mean square). Os resultados indicaram que os ambientes de pré e pós-ordenha alcançaram valores de ITGU, FR, TMPT e TMPC acima dos limites relacionados à zona de termoneutralidade dos bubalinos, sendo a temperatura superficial da pele influenciada mais intensamente pela variação das condições ambientais em detrimento da frequência respiratória. Conclui-se que os bubalinos são sensíveis às variações ambientais, sendo os valores de temperatura de superfície da pele melhores indicadores de conforto térmico em relação à frequência respiratória.
bubalinocultura; estresse térmico; frequência respiratória; temperatura de superfície
